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Saúde

Diabetes tipo 1 e o impacto na atividade física

O diabetes tipo 1 é uma doença em que o organismo perde, de forma permanente, a capacidade de produção da insulina

Diabetes tipo 1 e o impacto na atividade física

O diabetes tipo 1 é uma doença em que o organismo perde, de forma permanente, a capacidade de produção da insulina. Esse hormônio é essencial para o controle da glicemia (açúcar no sangue), que por sua vez é a principal fonte de energia para todas as células do organismo.

De acordo com o endocrinologista Dr. André Ricardo Fuck, os sintomas clássicos da doença são perda de peso sem explicação, sede excessiva ou aumento importante do volume da urina. Porém, outros sintomas como fraqueza, indisposição, vista embaçada, fadiga e tonturas, em especial durante exercícios, podem levantar a suspeita de quadros iniciais de diabetes.

Ele informa que o tratamento dessa doença envolve a aplicação diária de várias doses de insulina, tentando imitar a função de um pâncreas sadio. “Entretanto, sabemos das enormes dificuldades que os pacientes com a doença apresentam para conseguir manter um bom controle de glicemia, o que realmente não é uma tarefa fácil. Seja pelos picos ou pelas quedas frequentes, o ajuste entre dose de insulina e alimentação é o grande desafio diário que os pacientes apresentam. Mesmo com os tratamentos mais modernos, é improvável encontrar um diabético tipo 1 que não tenha ao menos um episódio de hipo ou hiperglicemia semanal”, explica.

Esse desafio se torna ainda maior quando inclui rotinas de exercícios físicos intensos, pois a atividade física é uma grande consumidora de glicose, seja durante a sua prática ou por horas após. “Portanto, quando vemos um diabético tipo 1 atleta, sabemos que o nível de disciplina e cuidado é ainda maior do que do atleta sem diabetes, o que torna de ainda maior valor as suas conquistas”, enfatiza.

Para isso ser possível, é necessário um autoconhecimento amplo, seja das suas necessidades diárias de carboidratos (inclusive durante os exercícios), das doses e horários de aplicação de insulina e também dos sintomas que antecedem uma queda ou um pico importante nos níveis de glicemia. “Vale lembrar que essa queda ou esse pico impactam, de forma significativa, o rendimento esportivo do atleta com diabetes e, consequentemente, seus resultados. Hoje o diabético conta com insulinas mais modernas, com menos risco de oscilação ou até mesmo com bombas de insulina. Além disso, monitores contínuos de glicose que acompanham os níveis e tendências do açúcar no sangue, favorecem o controle e previsibilidade de eventos potencialmente ruins”, conclui.