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Opinião

Tragédia paranaense: mistura de emoção e luto

Acompanhamos aflitos as atualizações sobre o caso de deslizamento na BR-376.

Tragédia paranaense: mistura de emoção e luto

Acompanhamos aflitos as atualizações sobre o caso de deslizamento na BR-376. A expectativa por resgate de pessoas com vida se renova, embora quanto mais tempo leve, mais preocupante é a situação.

Além dessas pessoas, que podem aguardar aflitas pelo resgate – até o fechamento desta edição – também tem a preocupação com outras regiões com riscos de deslizamento, com esses heróis que dedicam suas vidas a salvar o seu próximo. É tudo tão delicado, frágil e cada passo dado deve ser calculado. Nas buscas, atualmente 56 bombeiros estão trabalhando, além de cães farejadores, forças de segurança do Paraná e de

Santa Catarina e uma câmera termal, que identifica calor corporal. Mais de sete mil metros cúbicos de terra já foram retirados. Há muito trabalho pela frente.

Para quem ainda não teve notícias sobre o que aconteceu, na última segunda-feira (28), aconteceram dois deslizamentos de terra. O primeiro foi registrado às 15h30, quando uma das pistas na BR-376 foi interditada. Porém, o mais grave aconteceu às 19h30, atingindo as duas pistas da rodovia e atingindo veículos que passavam pelo local. De maneira oficial, o Governo do Paraná estimava o desaparecimento de 30 pessoas – sendo seis vivos e dois mortos até o fechamento da edição.

José Altair Biscaia, de 43 anos, foi um dos resgatados com vida e já recebeu alta hospitalar. Ele gravou um vídeo enquanto aguardava o resgate, que emocionou milhares de pessoas com suas palavras. Já há história de família inteira resgatada de veículo e que estão bem. Histórias que por muitas vezes pareceram distantes de nós, hoje estão bem próximas. Assim como sentimos situações que aconteceram em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados, as atenções agora se voltam ao Paraná.

Somado à tristeza desta realidade, também vêm as perdas financeiras. Segundo a Federação Empresas Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) há estimativa de prejuízo de R$ 18,5 milhões, por conta da espera nas pistas bloqueadas, além do atraso, ocasionado pela necessidade de desvio de rotas. Mas este é o momento de orar, torcer, enviar energias positivas por aqueles que aguardam o resgate, pelas famílias que esperam por notícias. Que para os próximos dias, as notícias boas sejam totalidade.