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Saúde

Campo Largo tem aumento de quase 200% nos casos de Covid-19 em três semanas

Levantamento revela que são três vezes mais casos no município desde o início deste mês, e a demanda já afetou o fluxo de atendimento da UPA 24h

Campo Largo tem aumento de quase 200% nos casos de Covid-19 em três semanas

A Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que está acompanhando com preocupação o aumento na procura de atendimento médico e no número de novos casos de Covid-19 que estão registrados no município. Tanto é que a UPA 24h de Campo Largo já teve mudança no fluxo de atendimento. 

A partir de hoje (22), a Unidade de Pronto Atendimento já está separando, logo na primeira etapa de triagem, os pacientes com sintomas respiratórios dos demais. O setor pediátrico voltou a ser direcionado para os casos que exigem isolamento, enquanto os demais atendimentos voltam a ser feitos em fila única (adultos e crianças).

A pasta reforça que, além da UPA, permanecem os atendimentos de pacientes sintomáticos respiratórios leves nas Unidades Básicas de Saúde, exclusivamente no período da manhã.

Números - Segundo os últimos Boletins Covid divulgados pela Secretaria de Saúde é possível ver esse aumento. O boletim do dia 07, referente ao período de 01 a 07 de novembro, citou 29 novos casos. Já no boletim do dia 16 (pós feriado), referente ao período de 08 a 16 de novembro, os novos casos pularam para 79. E então o boletim desta segunda-feira (21), referente ao período de 17 a 21 de novembro, registrou 159 novos casos de Covid, o que revela um aumento de quase 200% que já afeta o serviço de saúde pública.

Uso de máscaras - O Comitê de Combate às Emergências em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde informa que segue em vigor o Decreto Municipal nº 278 publicado no Diário Oficial em 01 de novembro, com nova regra sobre o uso de máscaras faciais. 

Danielle Fedalto, secretária da pasta, explica que o decreto será mantido porque, “apesar de termos retirado a obrigatoriedade do uso nos serviços de saúde da cidade, mantivemos o item de proteção obrigatório para todos os pacientes que apresentam sintomas de doenças respiratórias ou de Monkeypox, em qualquer ambiente (aberto ou fechado), bem como para todos os profissionais de saúde que realizam o atendimento a casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 e Monkeypox, em todas as etapas de atendimento. Isso cobre ambientes de circulação de pessoas com maior probabilidade de estarem adoecidas, e com maior fragilidade de saúde”.  

Neste momento de aumento nos casos, a Prefeitura volta a recomendar, portanto, que a máscara volte a ser utilizada pela população em determinadas circunstâncias como nos ambientes fechados, em locais com aglomerações e maior fluxo de pessoas. E que as pessoas em condições mais vulneráveis mantenham a utilização também, como imunossuprimidos (aquelas que fazem tratamento de câncer, transplantadas, pacientes de diálise, entre outros), gestantes e idosos. 

Vacinas e cuidados permanecem - “A máscara deixou de ser obrigatória, mas continua com seu uso recomendado, principalmente em locais onde não seja possível praticar o distanciamento social. Todos que quiserem continuar usando podem e devem fazê-lo. Pedimos ainda que os campo-larguenses completem o esquema vacinal com todas as doses disponíveis, bem como vacinem suas crianças. Essa é uma ação individual, mas que resulta em uma proteção coletiva. Ficamos felizes de conseguir ampliar a imunização da 4ª dose para 18+, e abrir para crianças desde os 6 meses, justamente neste momento, pois a pandemia infelizmente ainda não acabou, o vírus e suas variantes não deixaram de circular em nenhum momento, não custa lembrar”, recomenda Viviane Janz Moretti, diretora de Vigilância em Saúde, departamento vinculado à SMS. 

Estabelecimentos de saúde que realizam os atendimentos de pacientes sintomáticos, inclusive farmácias e laboratórios que realizam o teste para COVID, são responsáveis por realizar a triagem dos pacientes e também garantir o uso de máscara cirúrgica pelos suspeitos ou confirmados. O fornecimento do item deve acontecer já na chegada ao serviço, se necessário, e também deve ser garantido o tempo de espera em ambiente arejado, com distanciamento mínimo de um metro dos demais pacientes. E protocolos sanitários seguem sendo obrigatórios nos serviços de saúde como a disponibilização de álcool em gel e procedimentos de limpeza e desinfecção.