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Saúde

Após pronunciamento do ministro da saúde, Campo Largo também reitera pedido aos pais que vacinem seus filhos contra a Poliomielite

Município está com baixo percentual, especialmente das crianças imunizadas com até 1 ano de idade.

Após pronunciamento do ministro da saúde, Campo Largo também reitera pedido aos pais que vacinem seus filhos contra a Poliomielite

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV, na noite de domingo (06), para pedir que os pais ou responsáveis vacinem as crianças de 0 a 5 anos contra a Poliomielite. Neste ano, a campanha de vacinação contra a doença imunizou menos de 70% do público-alvo, e a meta é vacinar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o país. “Há 32 anos, a região das Américas é considerada livre da Poliomielite, mas, infelizmente, as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil. Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a Poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo”, disse Queiroga. 

Essa também é uma solicitação da Prefeitura de Campo Largo à toda a população. Na metade do mês passado a Prefeitura, por meio do departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou um balanço da cobertura até a finalização das ações municipais referentes à campanha nacional de vacinação contra a Poliomielite para as crianças. O resultado foi de 59,42% de crianças imunizadas em Campo Largo até 11 de outubro, um número alavancado pelas ações, porém ainda longe do ideal de imunização contra a doença. De lá para cá, avaliando cada faixa etária que deve tomar a vacina, estamos com apenas 42,71% de imunizados com até 1 ano, 60,50% até 2 anos, 72,82% até 3 anos, e 54,75% de imunizados até 4 anos de idade. 

“A fala do ministro foi bastante oportuna, porque continuamos alertas e buscando aumentar a cobertura vacinal das nossas crianças. Então reforçamos nosso comprometimento, enquanto gestores de saúde, e reiteramos o pedido dele de engajamento da sociedade civil. Precisamos da ajuda dos pais e responsáveis. A adesão da população à campanha é crucial, pois o risco é real, e alto, do ressurgimento da doença aqui no país, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). É possível para Campo Largo atingir essa meta, e para isso as vacinas continuam disponíveis nas salas de vacinação”, pontua a diretora do departamento, Viviane do Rocio Janz Moretti. 

Quem deve tomar - O PNI (Programa Nacional de Imunização) ampliou o número de doses para três, devendo ser administradas, aos 2,4 e 6 meses de vida, conferindo a imunidade que deve ser reforçada aos 15 meses e aos 4 anos de idade, com a aplicação das famosas gotinhas. Ou seja, a vacinação contra a Pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que devem completar o esquema vacinal. Como faz parte do calendário de vacinação, as três doses regulares contra a Pólio seguem disponíveis em todas as UBS de Campo Largo, assim como todas as demais vacinas de rotina e as vacinas das campanhas vigentes (COVID-19 e Influenza). 

Como e quando tomar - O horário da vacinação é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h, em todas as UBS. A única sala de vacina que funciona em horário estendido é a da UBS Ferraria, até às 21h, inclusive para essa vacina. Para se vacinar na UBS é necessário levar documento com foto, CPF, Cartão SUS, comprovante de endereço e carteirinha de vacinação. 

Aproveite a ida na unidade mais próxima de sua casa e também atualize o seu cadastro. E preste atenção no caso de vacinação infantil contra Covid-19, pois ela ocorre somente nas UBS Rondinha, Cercadinho, Vila Glória e Botiatuva, e segue cronograma específico, conforme faixa etária. 

Poliomielite - Sem tratamento, ela é conhecida também como Pólio ou Paralisia Infantil, e é uma doença contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares, sendo os membros inferiores os mais atingidos. Essa doença já aterrorizou pais em todo o mundo durante a primeira metade do século 20. Afeta principalmente crianças menores de cinco anos e geralmente é assintomática, mas pode causar sintomas como febre e vômitos, bem como sequelas irreversíveis. 

A doença tem certificado de erradicação no Brasil desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal para a doença nos últimos anos preocupa especialistas. A última vez que a meta de 95% das crianças protegidas foi atingida aconteceu em 2015, quando a cobertura chegou a 98% das crianças nascidas naquele ano. Embora não haja cura conhecida, três injeções da vacina, somadas às doses orais, oferecem quase 100% de imunidade.

O ministro da Saúde lembrou ainda que, na semana passada, o Governo Federal lançou um plano de combate à Poliomielite, com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos Estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias, está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.

A vacina é a principal forma de prevenção de diversas doenças e pode salvar vidas! Contamos com vocês para atingirmos essa meta em Campo Largo!