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Opinião

Educação: dever das sociedades que querem pessoas pensantes

Nos desfiles do dia 07 de Setembro, Dia da Independência, o ponto alto são sempre as crianças.

Educação: dever das sociedades que querem pessoas pensantes

Nos desfiles do dia 07 de Setembro, Dia da Independência, o ponto alto são sempre as crianças. Muitas pessoas gostam de ver as apresentações das Forças de Segurança, também, mas é o momento que elas apontam no final da rua que o coração de muitos se alegram e o sorriso chega ao rosto. O desfile das crianças junto de suas escolas, acompanhadas pelos profissionais de Educação, não é por acaso. É neste momento em que se evidenciam os trabalhos desempenhados em sala de aula de maneira pública, diante de toda a sociedade e governança. Eles tornam-se o centro das atenções, indicando a geração futura.

Embora este seja o momento de brilhantismo da Educação, esta data jamais deve ser isolada. A Educação exerce um papel protagonista. Nesta quinta-feira (08) também foi comemorado o Dia Mundial da Alfabetização, momento crucial na vida do estudante, que além de ler e escrever de maneira mecânica, também passa a interpretar. Um aprendizado base, que sustenta não somente a sua vida acadêmica, como todos os setores dela, sendo considerado até um dos pilares para uma vida sustentável, independente e plena.

Os dados com relação à alfabetização ainda são preocupantes, principalmente por conta do impacto da pandemia. Segundo o relatório da ONG Todos Pela Educação, emitido em 2021, baseado em dados da Pnad Contínua do IBGE, divulgado pelo Senado Federal,  foi visto um aumento de 66,3% no número de crianças entre 06 e 07 anos que, conforme seus responsáveis, não sabiam ler ou escrever - ou seja, 2,4 milhões, representando cerca de 40% das crianças desta faixa etária não eram alfabetizadas durante a pesquisa. A medida adotada envolve proposta aprovada recentemente pelo Senado, que determina como “dever do Estado a alfabetização plena e capacitação gradual para leitura ao longo da educação básica, como requisitos indispensáveis para a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e para o desenvolvimento do indivíduo”. Assim, ao final da vida escolar, o estudante deve ser proficiente na sua língua-mãe.

Embora na lei esse dever caiba ao Estado, mediante profissionais e ferramentas oferecidas aos estudantes, o bom-senso nos diz que essa é uma tarefa que também cabe às famílias. Na maioria dos casos, a família passa a maior parte do tempo com as crianças, e é dali que deve-se surgir o hábito da leitura e da interpretação, colocando-as em contato com os mais variados tipos de textos, desde fábulas até notícias como as escritas neste jornal. Atitudes como essa enriquecem o aspecto cultural da criança desde as primeiras fases de aprendizagem.

Devemos analisar, sim, propostas de candidatos no tocante à Educação, mas antes devemos observar se estamos também fazendo nossa parte para formar cidadãos pensantes, visando um mundo melhor no futuro.