Nossas cores do coração são verde e amarelo.
Nossas cores do coração são verde e amarelo. Isso não tem nada a ver com partido, mas com o maior símbolo brasileiro, que deveríamos ostentar com muito orgulho, visto as maravilhosas riquezas que temos em nosso país. São 200 anos de Independência do Brasil, uma data com tanto prestígio e que merece ser comemorada. E quanta coisa mudou desde então... Quando analisamos os números, em levantamento feito pelo Projeto Colabora, isso se torna ainda mais evidente. Foram muitos avanços e temos certeza que mais transformações virão, e não precisarão nem de séculos para acontecer, mas em poucos anos.
Um dos dados divulgados pelo levantamento é quanto à mudança de um país predominantemente agrário e com grande atividade rural, para um local urbano. Hoje, a estimativa é que 85% do país seja área urbana, o que quebra muitos estigmas ou ideias errôneas de estrangeiros, que ainda veem o país como uma colônia. Isso acontece também porque, em grande parte da sua história, o país era mais agrário. Acontece que nos últimos 60 anos o crescimento das cidades acabou sendo um fato inegável e fácil de ser constatado até mesmo em nossa cidade, Campo Largo. O quanto ela cresceu e se transformou ao longo dos anos, muito evidente em nosso especial de Aniversário, publicado em fevereiro deste ano, por exemplo.
Outra questão que chama muito a atenção é a religiosa. Em mais de 500 anos de história do Brasil, ele foi marcado pela supremacia católica, enraizada por gerações de famílias. Hoje, a projeção divulgada pelo Projeto Colabora mostra um aumento acelerado das filiações evangélicas; crescimento do percentual das religiões não cristãs; aumento absoluto e relativo das pessoas que se declaram sem religião, o que irá resultar em uma configuração social bem diferente do que era visto no passado.
A reversão no gráfico que mostra a escolaridade do brasileiro também aconteceu. Nos primórdios do Brasil, a educação formal não era uma realidade para as mulheres, sendo que em 1970 os homens constituíam quase 75% dos universitários do país. Nos anos 1980, as mulheres alcançaram 45,5% das pessoas com educação superior e praticamente equilibraram em 1991. Mas no ano 2000, as mulheres alcançaram quase 53% do total e constituíram 58,2% dos universitários brasileiros em 2010, conforme o levantamento.
Mais dados mostram transformações nos arranjos familiares brasileiros e em tantos outros aspectos sociais, que nos deixam boquiabertos. Nosso país de proporções continentais está em constante transformação e mudanças, o que nos indica que não precisará passar 200 ou 60 anos para estarmos em um país completamente diferente. O que temos certeza é que sempre será a força do verde e amarelo que nos impulsiona.