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Opinião

A Saúde como direito que todo cidadão tem

Nesta última quinta-feira (07) foi comemorado o Dia Mundial da Saúde, uma data que remonta à importância da atenção, desde o cuidado básico, na prevenção de doenças

A Saúde como direito que todo cidadão tem

Nesta última quinta-feira (07) foi comemorado o Dia Mundial da Saúde, uma data que remonta à importância da atenção, desde o cuidado básico, na prevenção de doenças, levando mais Saúde às pessoas por meio de check-ups com os profissionais, até importância da urgência e emergência, da pesquisa e dedicação aos casos de alta complexidade.

O Brasil é um país com grande sistema de atenção à saúde da sua população de maneira gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde, o famoso SUS. Há uma cobertura muito ampla de saúde - praticamente total, se for contabilizar tratamentos com equipes multidisciplinares, tratamentos de câncer, atendimento imediato por meio de ambulâncias de Samu e Siate, medicamentos gratuitos e cobertura de todo o calendário vacinal desde a primeira hora de nascimento.

Porém, ainda que na teoria tudo seja muito bem elaborado, ainda assim existem falhas neste sistema. São milhões de pessoas que necessitam de atendimento, muitas vezes imediato e de alta complexidade, porque falta ainda uma maior atenção desde o básico. Esperar por horas quando se tem dor não deveria ser normal ou corriqueiro. Essa situação deveria ser a exceção à regra.

Talvez essa desconfiança da população, diante de uma realidade do que já é vivenciado diariamente por algum familiar, amigo, vizinho, colega de trabalho ou na própria pele, tenha feito crescer a procura por planos de saúde durante a pandemia. O sistema ficou sobrecarregado, com UTIs lotadas e colaboradores cansados pelas longas jornadas de trabalho, combinadas com o estresse da situação, de não poderem ver suas família. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 48 milhões de brasileiros possuem plano de saúde. Antes da pandemia, 64,4% dos brasileiros não possuiam nenhum tipo de assistência privada voltada à saúde. O crescimento foi de um milhão de pessoas que, muitas vezes com sacrifício, pagam um plano para garantir um atendimento de melhor qualidade para si mesmo e sua família.

Já que existe uma política pública e a presença em uma lei fundamental da Constituição que garante direito à saúde, uma das maiores prioridades dos governos, independente da sua esfera de atuação, seja na intenção de proporcionar um atendimento de qualidade àqueles que precisam, combinado à qualidade de vida e bem-estar. Uma população saudável, que recebe a atenção que merece, tem mais disposição e força para correr atrás dos seus sonhos, colocando projetos que alavancam todo o país.

Estamos sim em um novo momento, onde estão sendo retomadas as cirurgias eletivas, investimentos sendo anunciados para preparar mais locais de atendimento, ampliação de atendimentos, leitos, cirurgias, tudo isso conta muito, mas até lá, até tudo isso acontecer, que as pessoas recebam o devido atendimento.
Mais uma vez, isso é política - talvez uma das suas principais bases de trabalho. Estamos vivendo um ano decisivo, que possamos avaliar tudo o que tem sido feito e o que poderá ser de fato executado. Por isso, para que tenhamos clareza das nossas decisões, é essencial saber o atual cenário. Não temos tempo para “ideias mirabolantes”, temos urgência no atendimento do que é real e possível.