Elas são a maioria populacional no Brasil e no mundo, mas ainda estão em busca do topo em muitos segmentos. Na política ainda temos poucas mulheres representando dentro do Executivo e do Legislativo. Em Campo Largo, por exemplo, atualmente somente a vereadora Cléa de Oliveira foi eleita nas últimas eleições. Embora na política ainda não seja a maioria, elas desempenham atividades cada vez mais importantes dentro da sociedade, gerindo suas próprias empresas enquanto ainda dão conta de inúmeros afazeres que envolvem filhos e rotinas diárias.

Ao longo da semana, em contato com mulheres empreendedoras, embora de ramos de atuação diferentes, algo foi bastante comum a todas elas, o fato de perceberem que o empreendedorismo faz parte delas, da sua essência e já não se veem fazendo outra coisa. Empreender não é algo simples, exige muito esforço, investimento, correr riscos e estudar muito, trocar experiências com outros empresários e criar um bom network.

Além de empreender, elas também dividem um desafio em comum, de conseguir equilibrar as finanças diante de um país economicamente instável, gerar empregos e rendas para várias famílias e também rentabilidade ao município. São grandes inspirações para quem ainda pretende realizar o sonho de ter o próprio negócio e se tornar um empreendedor também.

Porém, não podemos deixar de citar que todas as mulheres têm um espaço e papel muito importante dentro da sociedade. Desde aquela que escolheu ficar em casa, cuidando dos filhos, até a que trabalha de carteira assinada, enfrenta ônibus, ou das que fazem artesanato ou comida boa para vender, as que são diaristas, empregadas domésticas e babás. Todas elas são peças fundamentais, cada uma dentro do seu espaço de atuação.

A escritora Clarice Lispector costumava dizer que “o destino de uma mulher é ser mulher”. Que esta frase seja lida com o sentido de força, daquela que busca a cada dia ser melhor nas tarefas que a ela são depositadas, mas sem se sobrecarregar, com o equilíbrio que é necessário para viver com qualidade, sem se sacrificar demasiadamente para conseguir conquistar o topo.

Mais ainda, que possamos cada vez mais enfatizar e mostrar a força da mulher às meninas que estão crescendo a nossa volta, apontando e lutando junto delas para que tracem caminhos que as levem a um futuro brilhante. Da mesma forma, que possamos criar meninos com a mentalidade de que a mulher, mesmo com suas individualidades, é igual, possui os mesmos direitos e deve sim ter as mesmas oportunidades. Que eles também sejam criados para ajudar nas atividades domésticas e a cuidar dos futuros filhos, vistos como responsabilidade dividida entre o casal e não atribuição feminina.

Para quem gosta de contar histórias, ainda que tenhamos contato em alguns vezes rápido com algumas mulheres, é inspirador ver tantos exemplos. A força campo-larguense também é a força feminina.