E veio o ano eleitoral, que já começou com tudo e cheio de surpresas.
E veio o ano eleitoral, que já começou com tudo e cheio de surpresas. A maior de todas elas até o momento é a possibilidade do ex-governador de São Paulo e ex-candidato à presidência Geraldo Alckmin - figura tucana mais que carimbada no país, ainda que por hora esteja sem partido - ser o candidato a vice-presidente pelo PT, na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido pelo apelo ao populismo principalmente.
Parece óleo e água, não há uma liga e muito provavelmente pode ser que não tenham no futuro. O próprio Lula disse que não há definições ainda sobre as alianças e chapa, nem mesmo se será candidato, além de reconhecer que há visão de mundo e pensamentos divergentes. Eleições são promessas e sorrisos, e parafraseando o ex-presidente, ganhar as eleições é infinitamente mais fácil do que governar. É onde mora o perigo e podem nascer rachaduras onde será mais fácil derrubar do que reformar. O problema está na fundação, no alicerce. É como construir na areia.
Em outro lado, literalmente, temos a união dos partidos PSL e DEM, uma ideia que não é nova, pois já existe o projeto desde outubro de 2021, mas somente nesta semana foi aprovada. Surge então o partido União Brasil, que reúne a maior bancada da direita em 20 anos de história da política nacional, resultando no maior partido do Brasil. Essa união detem hoje 545 prefeituras, cinco governos estaduais, oito senadores, 82 deputados fwederais, três pré-candidatos à Presidência, além de fundo eleitoral e partido milionários, conforme divulgou o jornal Correio Braziliense, e se consolida como uma possível terceira via para as Eleições 2022.
Alguns cientistas políticos estão classificando a união como “pragmatismo político” e até “casamento por conveniência”, feito também para ganhar força frente às mudanças vindas da Reforma Eleitoral, que serão válidas para as eleições deste ano, cuja uma das principais mudanças é a contagem em dobro de votos em mulheres e negros para a Câmara dos Deputados, por exemplo.
Ainda há muito o que acontecer ao longo do ano de 2022 e parece que surpresas estão reservadas para nós, eleitores, que precisamos estar atentos e bem informados sobre jogadas políticas que ainda irão surgir. Gostar de política realmente não é comum ou muito fácil de entender, mas é crucial o interesse para evitar armadilhas ou levar “gato por lebre”. São quatro anos à frente de um país que enfrenta problemas graves no pós-pandemia, com inflação, desemprego, pobreza, falências, insegurança no futuro, que exige muito comprometimento, dedicação integral do representante eleito ou reeleito neste ano.