Divulgado diariamente pela Prefeitura de Campo Largo, o Boletim da Covid-19 mostra um cresci­mento no número de contaminados pelo vírus nas últimas semanas. O último boletim de 2021, disponibilizado em 29 de dezembro, mostrava seis novos casos confirmados, sete casos ativos e em isolamento e 251 casos em investiga­ção; sem internamentos na enfermaria ou UTI.

Já no boletim disponibilizado nesta quarta-feira (05) – até o fechamento desta edição – eram 42 novos casos confir­mados, 127 casos ativos e em isolamento e 252 casos em investigação; a cidade continua a ter números zerados em in­ternamentos na enfermaria ou UTI e sem novos óbitos pela doença.

“O aumento dos números de casos da Covid é conse­quência das aglomerações vivenciadas em todo território na­cional no período de festas. A Secretaria de Saúde não tinha como prever esse aumento, pois se todos tivessem mantidos as medidas sanitárias básicas como higienização, distancia­mento e uso de máscara o cenário poderia ser diferente. Mas ainda temos que analisar os dados epidemiológicos dessa semana e da próxima que serão resultados das festas de fi­nal de ano. A maioria dos casos positivos são de pessoas que estiveram em viagem”, informa a secretária da pasta, Danie­le Fedalto.

Sobre as contaminações, o prefeito Maurício Rivabem declarou que está aumentando em várias cidades e aponta para o número de óbitos, que permaneceu estável na cidade. “Vamos reformar este ano o Centro Médico Hospitalar, mas caso precise, o que temos esperança que não seja necessá­rio, iremos reativar o atendimento exclusivo para Covid-19.”

Nesta primeira semana de janeiro, os pacientes positivos para Covid-19 estão apresentando quadro leve permanecen­do em isolamento domiciliar. Até o fechamento desta edição (06/01) não havia pacientes hospitalizados.

Questionada sobre a presença de variantes da Covid-19, como a Delta e a Ômicron, a secretária explica que há um exame específico para identificá-las. “Por enquanto não tive­mos informações de encaminhamento de amostras para se­quenciamento genético. Quem define o encaminhamento é o Laboratório do Estado, de acordo com os resultados obtidos inicialmente. Porém a transmissão já é comunitária e o exame leva um certo tempo para que o resultado seja apresentado. Em caso de informações de encaminhamento dos exames, entramos em contato com os pacientes e avisamos”, diz.

Cuidados básicos e vacinação

Daniele afirma que a manutenção dos cuidados básicos é essencial neste momento. “Precisamos manter os cuida­dos básicos como uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações, medidas essas que previnem também a influenza, inclusive a H3N2, além disso é extremamente necessário completar o esquema va­cinal. Quem ainda não vacinou contra influenza e Covid-19, pode procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima e realizar a vacina, inclusive podem ser realizadas simultanea­mente ou a qualquer intervalo”, declara.

Sobre a procura pela terceira dose, a secretária comenta que tudo vem ocorrendo de forma gradativa, conforme inter­valo a ser respeitado, lembrando que reduziu o intervalo para quatro meses após a aplicação da segunda dose e as vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde, conforme cronograma disponibilizado nos canais oficiais da Prefeitura.

“Infelizmente em todo o mundo há um grupo de pessoas antivacinas. Esse movimento prejudica o andamento da va­cinação, através da disseminação de notícias e informações falsas. A vacinação é segura, foi desenvolvida e acompanha­da por vários especialistas e continua sendo a única forma de prevenção a casos graves da doença. Com o aparecimen­to das variantes é fundamental a realização da dose de refor­ço para manutenção e aumento da resposta imune”, alerta.

Casos de gripe H3N2

Nesta semana o Estado do Paraná comunicou que há transmissão comunitária da Influenza H3N2. “Existem casos no município. Os mesmos são identificados através de exame de swab nasal, igual ao da Covid-19, mas destinados à análi­se de painel viral. As coletas são realizadas nos hospitais e no Centro de Atendimento à Covid-19, após solicitação médica. Os pacientes são monitorados pela Vigilância Epidemiológica de Campo Largo e também devem permanecer em isolamen­to. Até o momento os casos que tivemos foram de pessoas não vacinadas contra Influenza em 2021. A vacina ainda está disponível em todas as UBS”, finaliza.