Jullyano, do Canal CTR, conta sobre como foi o trabalho de preparação de provas, edição de vídeos e articulação por trás do reality local que movimentou a internet
Teve desfecho no último domingo (05) o reality local A Fazenda Campo Largo, que mobiliza a internet e divide as torcidas. Promovido pelo Canal CTR, a primeira edição teve 14 participantes no total e um público diferente do Big Brother Campo Largo, mas ainda assim com uma interação bem interessante.
“Os finalistas foram Edivaldo Grande, criador da página de humor ‘Campo Largo da Deprê’, a tik toker Fla Veloso e Ronaldo Marchiori da página ‘Segue o Baile’. Por incrível que pareça, os três foram os únicos da Fazenda que estiverem no BBCL - talvez por já saberem jogar chegaram à final, mas creio que foi por serem os que mais criaram conteúdo na Fazenda, então eles apareceram muito mais, e isso agradou o público. A diferença do Ronaldo para a Fla foi de 18 votos. Ronaldo teve 41,6%, Fla 39,9% e Edivaldo 18,4%”, conta Jullyanno, criador do reality e do Canal CTR.
Público diferente e preparação do trabalho
Segundo Jullyanno, houve bastante participação do público, mas deu para perceber que eram pessoas diferentes que interagiam, o que se explicaria por terem sido novos participantes na brincadeira. “Seguidores de participantes do Big Brother que não estavam presentes nessa, já não acompanharam tanto, mas mesmo assim, muitos que vieram acompanhar o Big Brother continuaram a acompanhar a Fazenda. A diferença foi mais na organização e dinâmica, no acompanhamento do público foi normal, no Big Brother teve um pouco mais de admiração por ser uma novidade até então, e ninguém saber como ia ser, já a fazenda veio na sequência seguindo os moldes do BBCL”, comenta.
A brincadeira foi reconhecida pela RIC Record, que fez uma matéria no Balanço Geral e acabou atraindo mais pessoas, inclusive de fora da cidade, para assistir. Ele reforça ainda que a audiência foi boa, assim como o BBCL, e variava conforme os acontecimentos, quem estava na roça, quem disputava a prova de fazendeiro ou lampião, pois os envolvidos divulgavam e traziam seus seguidores para acompanhar. “Diferente do BBCL, que eu postava vídeos, na Fazenda foi por meio de lives, eu preparava os vt’s de vídeos e deixava na espera e apresentava ao vivo os acontecimentos, votações e eliminações”, relembra.
Conta ainda que, diferente do BBCL, que tudo foi acontecendo simultaneamente com o programa, na Fazenda criou um cronograma, com o que teria, as provas, as artes pré-prontas, então só colocava as fotos dos envolvidos.
“A Fazenda em si é comigo mesmo, edição, preparação de todos vídeos, organização, dinâmica, provas, faço tudo sozinho, e são vários dias preparando as coisas, os vídeos, as imagens, conforme vai saindo participantes vai diminuindo o trabalho, porque também tenho que correr atrás dos participantes para mandarem os votos, fazerem as provas e outras dinâmicas. Eu tenho ajuda do meu colega Maico com os patrocínios, ele patrocina pela Fotopar e ajuda a entrar em contato com outros empresários que disponibilizam prêmios ou valores para dar aos primeiros colocados em troca de divulgação da marca”, revela. “O Edi Moreno dessa vez foi o nosso Rodrigo Faro, cada semana que alguém era eliminado, ia na live dele participar de um quadro que era de virar ou não virar a cadeira para os outros participantes da Fazenda. Até houve algumas polêmicas de pessoas que não viraram a cadeira para outros colegas do jogo, por mágoas ou ranço, mas foi legal e gerou audiência. Fiz parceria com o Joca Carneiro, da rádio Onda FM, onde os eliminados davam uma rápida entrevista falando da Fazenda e projetos pessoais no programa dele de domingo”, relembra.
Projetos futuros
As ideias não param, mas Jullyanno confessa que algumas são mais distantes, maiores e dependem de ajuda de parceiros e que sozinho seria mais complicado de fazer. “O BBCL está sendo pedido por várias pessoas, muitas querem participar. Dessa vez penso que ao invés de colocar pessoas conhecidas da cidade, pegar pessoas simples, pouco conhecidas, mas que tenham vontade e disposição para fazer a coisa acontecer. Ainda não tenho pessoas selecionadas, provavelmente nas próximas semanas eu divulgue algo pelas minhas redes sociais, pra ver quem quer participar, pedir vídeos pra ver se a pessoa vai bem e fazer algumas perguntinhas. Se fechar o número de participantes eu faço o BBCL 2, se houver muita gente querendo participar, vou escolher os que eu sentir que estão com muita vontade e vai render na brincadeira”, comenta.
“Quero deixar meu agradecimento às pessoas que gostaram e acompanharam a brincadeira, e de alguma forma colaboraram, sendo assistindo, curtindo, compartilhando, ou votando nos participantes. O intuito da brincadeira foi apenas entreter as pessoas, ser algo diferente para a cidade, unir pessoas diferentes, como nessa fazenda que coloquei rockeiros, sertanejos, gaúchos, influencers, humoristas, vários estilos diferentes, onde se inicia uma amizade e as pessoas se ajudam em seus projetos e é isso, obrigado a todos que de alguma forma interagiram e ajudaram a tudo isso acontecer”, finaliza.
Palavras do campeão
A Folha conversou com Ronaldo Marchiori, vencedor da primeira edição do reality, que contou como foi participar da brincadeira. “Essa conquista não é só minha, é de todos que votaram, acompanharam e se divertiram comigo. Sou imensamente grato pelo convite e pela oportunidade de ter participado. Meu propósito sempre foi levar alegria e entretenimento a todos que nos acompanhavam. Tenho certeza que o intuito maior do programa foi transmitir algo inesperado e que poucos fazem. Embora haja críticas, me mantive sempre motivado a seguir em frente, a ‘seguir o baile’.”
Ele conta que a dinâmica da Fazenda foi mais complexa que a do BBCL, porém na Fazenda a roça era composta por três participantes, dentre os quais um era eliminado. “No BBCL, o paredão era composto por dois integrantes, o que tornava maior a chance de ser eliminado. Minha estratégia foi a mesma para ambos os programas. O fato de eu já ter amizade com boa parte dos participantes impossibilitou-me muitas vezes de jogar, pois acabei agindo mais pela afinidade do que pelo jogo em si”, relembra.
Para fazer a diferença e atender as expectativas do produtor e do público, Ronaldo conta que criou um conteúdo digital dinâmico e criativo, para envolver o público e os demais participantes. “As gravações aconteceram na minha casa e em outros locais. Nos reuníamos muitas vezes para interagir e trazer a história mais próxima do real. Minha torcida foi aumentando a cada roça, fui ganhando forças no decorrer do programa. Conquistei novas amizades e seguidores nas redes sociais, minha parceria com eles é constante”, finaliza.