Sabado às 23 de Novembro de 2024 às 06:31:10
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Vacinação é a saída para combater a pandemia de Covid-19, alerta médico

“O nosso meio de acabar com a pandemia é chamar pessoas da nossa casa que ainda não vacinaram para completar o esquema de imunização”, orienta Dr. Francisco, infectologista

 

Vacinação é a saída para combater a  pandemia de Covid-19, alerta médico

Segundo informações do consórcio de veículos de imprensa com dados das Secretarias de Saúde do Brasil, o país registrou na última quarta-feira (08) 231 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. A média móvel de mortes nos últimos sete dias ficou em 183, sendo considerada a mais baixa desde 22 de abril do ano passado, quando registrou 168 mortes. Segundo os dados divulgados, quando comparado à média dos últimos 14 dias, a variação foi de -16%, o que mostra uma tendência de queda.

A responsável pela queda, conforme aponta o médico infectologista Dr. Francisco Beraldi de Magalhães (CRM-PR 29488), é a vacinação que chega a 317.299.200 de doses aplicadas, 138.180.459 de pessoas com o esquema completo, sendo 65% da população vacinada, conforme divulgou o consórcio de veículos de imprensa. “Depois da vacinação de fato tivemos uma grande diminuição no número de casos.  À medida que a vacinação foi avançando, fomos percebendo que cada grupo que estava imunizado, reduzia a mortalidade. Estamos caminhando para o momento mais tranquilo, mas primeiro temos que convencer as pessoas a se vacinarem, para não acontecer o que vem acontecendo em países onde a vacinação é rejeitada.”

Ele explica que existem em vários países os movimentos antivacina. “No Brasil, somos acostumados desde pequenos a tomar vacina. Em alguns países europeus existem movimentos antivacina muito fortes, que alegam que vacina gera autismo, por exemplo, o que é extremamente equivocado. Isso faz com que tenham casos crescentes de casos, não só de Covid-19, mas outras doenças graves e que a vacina combate. É importante que as pessoas mudem a perspectiva. Um dos maiores líderes do movimento antivacina da Itália pegou Covid-19, ficou em estado grave e anunciou que irá se vacinar”, comenta.

Surgimento de variantes x vacinas
Questionado sobre a possibilidade de novas ondas de contaminação por Covid-19, o médico esclareceu que existe e que a chave para que isso não aconteça é a vacinação. “A variante Delta acometeu muito os países da Europa, Ásia, Africa e América do Norte, mas aqui não foi tão forte, porque tínhamos sofrido com a variante de Manaus, e quando a variante Delta entrou nós já estávamos com a população vacinada em um grande contingente. O risco existe, mas quanto mais pessoas vacinadas, melhor. Esse vírus será endêmico, então ele irá circular entre nós. Ou seja, será como H1N1, então precisamos fazer com que as pessoas não fiquem doentes e se ficarem, que não fiquem graves. O que faz isso é a vacina”, explica.

Dr. Francisco ensina que quando o vírus infecta uma pessoa, ele se multiplica, e vai fazendo várias cópias, que não saem tão perfeitas. Assim nascem as variantes, o que é um fator bastante preocupante. “Temos que investir na vacinação dentro da nossa casa, com os familiares que ainda não estão imunizados. Pois quando o vírus atinge um corpo imune pela vacina, já sabe como combatê-lo e essas reproduções já não acontecem. Insistir na vacinação e persistir no uso de máscaras, que reduz as chances de infecção para quem não tem o vírus e de transmissão para quem está infectado são as melhores alternativas”, reforça.

Crianças serão vacinadas
Sobre as crianças serem vacinadas, o médico esclarece que será seguro e basta aguardar o chamamento. “Já sabemos que a vacina é segura para crianças de 5 a 11 e de 12 a 18 anos, então acima de 5 anos já pode tomar. Até aqui nós não vimos muitas crianças com casos graves. A criança pode participar de eventos e confraternizações desde que respeite as mesmas regras de todo mundo. Dependendo da idade, ela deve usar a máscara, higienizar as mãos e mais importante de tudo, se tiver sintomas, fazer o teste e ficar em isolamento. Na criança, monitorar sintoma é mais importante que no adulto”, alerta.

No seu evento não pode faltar...
Sobre os eventos de final de ano, o médico alerta que é razoavelmente seguro participar, desde que algumas medidas de segurança sanitária sejam respeitadas. “Já dá pra organizar eventos e participar de eventos, mas não dá para dispensar o álcool 70%. Higiene de mãos é fundamental, então é essencial no evento ter esse item que irá prevenir não somente a Covid, mas uma série de doenças. O vírus é transmitido pelo ar, então priorize ambientes abertos, com ventilação e o fundamental é o uso da máscara”, finaliza.