Em épocas mais críticas, a cidade chegou a registrar 24 óbitos em uma única semana
Embora muitas famílias ainda sofram a perda de 498 cidadãos campo-larguenses para a Covid-19, hoje a cidade comemora a recuperação significativa, com a diminuição dos casos e mais de um mês sem o registro de óbitos. Conforme informou a Secretaria de Saúde, a última morte registrada pela doença aconteceu em 30 de outubro de 2021. Em épocas mais críticas da doença, Campo Largo chegou a registrar 24 óbitos em uma única semana. Vale ressaltar que esses dados são dinâmicos e podem sofrer alterações devido a atualizações de óbitos nossos ocorridos em outros municípios.
A Folha de Campo Largo conversou com a secretária de Saúde, Danielle Fedalto, que explicou que todo esse resultado se deve ao avanço da vacinação na população. “Hoje (entrevista concedida em 08 de dezembro de 2021), segundo estimativa possuímos uma população de 111.655 pessoas com 12 anos ou mais, ou seja, aptas à vacinação. Destas, 87% estão imunizadas com a primeira dose e 77% com esquema completo de vacinação. O número de pacientes graves diminuiu significativamente. Os pacientes que agravam na sua maioria são os portadores de comorbidades ou os não vacinados.”
Questionada sobre a avaliação que faz sobre toda a fase vivenciada à frente da Saúde em Campo Largo em uma etapa tão difícil e desafiadora, a secretária declara: “Olhar para trás e ver por tudo que o município passou e comparar a como está agora, nos traz um grande alívio e alegria em saber que a vida das pessoas está se normalizando. Claro, ainda temos muito trabalho pela frente, mas conseguir enxergar um bom resultado traz um novo ânimo a todos nós”.
Medidas de proteção contra a Covid e Bandeira Amarela
Embora a vacinação esteja bastante adiantada, a secretária explica que a pasta entende que ainda precisa imunizar uma parcela significativa da população, portanto as medidas restritivas trazem maior segurança aos munícipes.
Sobre as festividades de Natal, diz que foi elaborado um protocolo específico para a realização de eventos em Campo Largo. “Nosso objetivo é não precisar retroceder e fechar o comércio ou restringir atividades novamente, e para isso, precisamos controlar a contaminação. A Secretaria de Saúde, através da Vigilância em Saúde, elaborou um Protocolo para realização de eventos no município. Diferenciando eventos de maior e menor potencial de contaminação, para que a população tenha adequada orientação na hora de organizar e realizar uma festividade, por exemplo”, ressalta.
“Sabemos que nesse período de festividades todos querem comemorar, visitar familiares, aproveitar. Porém, agora a nossa responsabilidade como cidadão está maior ainda. Temos que nos monitorar, em caso de presença de qualquer sintoma, não coloque seus entes queridos em risco. Procure atendimento médico. Mantenha o distanciamento seguro das outras pessoas, use máscara, mantenha a adequada higienização das mãos. A consciência de cada um vai fazer toda a diferença no comportamento da doença na nossa cidade, estado e país”, orienta.
Sobre a variante da Covid-19 – Ômicron, a secretária Daniele explica que o Estado do Paraná emitiu alerta a todas as Secretarias Municipais de Saúde para acompanhamento dos viajantes vindos do exterior, principalmente das regiões onde a contaminação está maior. Esses devem permanecer em isolamento por 14 dias após a chegada ao país, mesmo que sem sintomas.
Mudanças
Questionada sobre a mudança no atendimento no centro de atendimento aos pacientes com suspeita de Covid-19, montado no Centro Médico Hospitalar (CMH), montado desde 2020, a secretária esclareceu: “Considerando redução no número de atendimentos de pacientes com sintomas respiratórios, bem como queda nos números de novos casos de Covid-19 no município, que o município encontra-se em bandeira amarela com queda no número de pacientes hospitalizados e queda no número de óbitos, a partir de 13 de dezembro os atendimentos de pacientes com suspeita de Covid-19 serão realizados na UPA - Unidade de Pronto Atendimento”, informa.
Danielle segue explicando que a estrutura física da UPA foi adequada para que os atendimentos ocorram de forma separada, com a entrada pela lateral (sinalização no local) e com e uma equipe específica para prestar esse atendimento. Com relação à estrutura do CMH, está a base do Samu, e o mesmo prédio passará por uma reforma para acolher as especialidades.
“Os atendimentos na Unidades de Saúde permanecem normalmente para pacientes sem sintomas respiratórios. Lembrando que as Unidades de Saúde do interior, devido à distância da região central, realizam atendimentos de pacientes com suspeita de Covid-19”, finaliza.