Nesta sexta-feira (03), às 19 horas, será realizado o primeiro jogo da Taça Brasil de Futebol B2/B3 na quadra Real Soccer, em Campo Largo. O campeonato segue no sábado (04), das 8h às 18 horas, e no domingo inicia às 8h com encerramento às 12. Serão cinco equipes do Brasil participando, sendo duas do Rio Grande do Sul, uma do Rio de Janeiro, uma de Curitiba e uma de Campo Largo.

Rafael Reis, coordenador da modalidade de Futebol B2/B3 no Brasil e presidente da ONG CFA – Clube de Futebol Adaptado (mesmo nome do time local), explica que os times participam de campeonatos regionais e no final do ano é realizada a Taça Brasil, em etapa única. São atletas com baixa visão, que possuem uma deficiência visual, mas não são totalmente cegos.

Ele ressalta que o CFA é tetracampeão brasileiro na Taça Brasil. O time iniciou em 2011 e faz parte da ONG, a qual trabalha futebol com pessoas com deficiência. Hoje fazem parte cerca de 60 pessoas, sendo cinco de Campo Largo e também atletas de outros estados. “Competição de alto nível e acabamos contratando pessoas de fora jogando por Campo Largo, assim como outros times”, esclarece. 

Os atletas não jogam vendados e segundo Rafael as regras são parecidas com o futsal, mas em grama sintética para ter menos impacto em queda. “Única diferença é que o goleiro não pode sair da área porque ele é o que enxerga, não tem deficiência visual. São quatro na linha e um no gol. Cada equipe pode vir até 10 jogadores, oito de linha e dois goleiros. As substituições podem acontecer a qualquer momento”, detalha.

A premiação aos ganhadores é com troféu e medalha. Para eles, esse esporte representa saúde, oportunidade de melhorar a locomoção, orientação, equilíbrio, parte física e principalmente a socialização. Um momento de estar com mais pessoas com a mesma deficiência que eles, em que podem trocar ideias, o que pra eles é muito importante.