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Opinião

Diga-me onde se informa, que direi até onde sabes

O advento das redes sociais foi extremamente positivo para o mundo.

Diga-me onde se informa, que direi até onde sabes

O advento das redes sociais foi extremamente positivo para o mundo. A Folha de Campo Largo é um exemplo de perfil que utiliza as redes para disceminar notícias reais, apuradas pela Redação. Porém, junto com elas, veio o movimento da superficialidade, uma verdadeira guerra da informação. Textos tendenciosos não são difícieis de serem encontrados, principalmente quando o assunto é política. Mas a pior coisa é ler algo que induz pessoas ao erro e fomentam sentimentos de revolta e ira.

Nesta semana, conversamos com o Colégio Cívico Militar 1º Centenário, que ao longo do ano trabalhou todo o processo eleitoral, inclusive realizando uma eleição real na escola, para eleger quatro vereadores mirins. Esses alunos estudaram as propostas - que foram montadas por membros dos partidos criados pelo Tribunal Regional Eleitoral -, assistiram e fizeram perguntas em um debate, souberam o que é o Título de Eleitor, o que fazem os mesários. Um projeto tão bonito e que renderá frutos no futuro, pelo menos dentro desta comunidade.

Esses estudantes, mesmo ainda com pouca idade ou experiência de vida - como algumas pessoas fazem sempre questão de lembrar - provavelmente seriam menos propensa a serem “levadas pela politicagem”, comparado a pessoas que se tornam cegas quando este assunto está em pauta. Não se discute política? Não quando envolve o emocional, mas racionalmente ela precisa ser debatida sim, pois é por meio do interesse que há busca pela verdade e principalmente pelo exercício da cidadania.

Na mesma semana, pudemos conferir distorções a cerca de um tema que estava bastante esclarecido pelas partes envolvidas diretamente, com grandes textos publicados nas redes sociais. O preocupante é saber que muitas pessoas que leram, talvez não tenham contato com a versão imparcial. O que vai passando de um para outro, “só Deus sabe”.

Estamos chegando no fim de 2021, que passou muito rápido e foi extremamente intenso no aspecto político - arriscamos dizer que de alguns anos para cá, o Brasil tem sido bastante polêmico no assunto política - e há muitos comentários bons na internet, porém é preciso filtrar. E para isso, a boa e velha leitura, buscando autores que realmente entendem do assunto e querendo aprender a respeito do tema nunca falha.

Nosso dever, como cidadãos e eleitores, para 2022, é querer entender mais, aprender mais e não ficar na superficialidade ou na emoção da política. Quanto mais sabemos, de fontes confiáveis e com entendimento, menores são as chances de alguém nos manipular.