Entre os dias 26 e 28 de outubro foi realizada de maneira online a 36ª Mostratec, destinada a estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Técnico de todo o país e também d
Entre os dias 26 e 28 de outubro foi realizada de maneira online a 36ª Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia), destinada a estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Técnico de todo o país e também do exterior. A mostra, organizada pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul, é a maior do gênero na América Latina e, nesta edição, reuniu mais de 500 trabalhos de 14 países - entre eles Albânia, Argentina, Brasil, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Indonésia, Itália, México, Paraguai, Taiwan, Turquia e Ucrânia - e 17 estados brasileiros.
O campo-larguense Jonas Inácio Silva de Almeida, que atualmente cursa o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Bom Jesus Centro, foi um dos participantes da Mostratec e contou à Folha sobre o trabalho desenvolvido por ele e apresentado no evento. “O meu projeto tem como título ‘Oxigenação do Ambiente Urbano a partir de Microalgas’. Ele teve duração de cinco meses e a ideia surgiu com os casos de mortes em Manaus, pela falta de cilindros de oxigênio que ocorreram no início do ano. No princípio o projeto visava aprimorar o oxigênio no ambiente hospitalar, mas depois de conversar com meu orientador percebi que tais mortes em Manaus não eram por falta de oxigênio no ambiente, mas sim porque os pacientes não conseguiam capturá-lo na respiração. Apesar disso, continuei com o projeto, só que dessa vez pensando em sua implementação numa escala global.”
Jonas conta que apesar de ter ficado com um pouco de nervosismo por estar participando em feira tão importante como essa, o ambiente das apresentações foi muito confortável. “Cada grupo foi separado em uma sala virtual diferente e a cada 30 minutos vinha um avaliador ouvir nossa apresentação e dar suas devidas considerações para aprimoramento dos projetos. Passei ao todo por seis avaliadores, me sentia como um professor dando aula”, relembra.
Embora não tenha recebido a premiação na Mostratec, Jonas comenta que foi de grande aprendizagem ter participado de um evento tão importante quanto este. “Apresentei esse ano para ao todo sete feiras, mas teria me inscrito em mais se não tivesse no período de vestibular da 3ª série. Entre as feiras participei da FEBIC (Jaraguá do Sul, SC) a qual tive um prêmio em Menção Honrosa, FICEM (feira do Colégio Bom Jesus) que terá premiação dia 5 de novembro, Feira de Ciências Júnior da PUCPR, 3ª Edição da Mostra de Ciências do Clube (Vassouras, RJ) a qual ganhei credencial para ter meu trabalho publicado na FIMUCTI (Vale do Café, RJ) e também participei da FENADANTE (Colégio Dante Alighieri, SP). Vale dar destaque especial para a feira FEBIC (foi a primeira que participei), que apesar de ter ganhado um prêmio nela, foi a feira que mais apontou críticas ao meu projeto e de tal forma primordial para que pudesse melhorar ele para as outras feiras”, comenta.
“Na atualidade, participar de uma feira de ciências, além de contribuir muito para o seu currículo te abre portas para o mundo da Ciência. A construção deste trabalho me fez ter contato por toda a parte que uma pesquisa científica passa como: observação, hipótese, experimento, análise e conclusão. Além disso, para criar meu projeto tive que passar por plataformas como o Google Acadêmico, a fim de procurar pesquisas de cientistas formados de todas as partes do mundo antes de citar qualquer coisa no projeto, o que me fez aprender muito em todo esse processo. Assim, com a iniciação científica já tenho bagagem e conhecimento prévio de todo o processo que qualquer pesquisa científica tende a passar”, finaliza o jovem.
Interessados podem assistir o vídeo do projeto de Jonas no link: https://youtu.be/OtbZcKvxtZs.