Foram divulgados pela Secretaria Estadual de Educação os semifinalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa, e o Colégio Estadual Cívico-Militar teve classificação em uma das categorias como suplente. A chamada aconteceu para o Gênero Memórias Literárias, cuja turma participante foi do 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais, sob supervisão da professora da disciplina, Amanda de Oliveira Zampier, e da diretora Roselaine Lachivistz.

O colégio ainda pode ocupar uma posição de classificado em caso de desistência da instituição que ocupa essa posição hoje, conforme explica a SEED.

“Foi muito emocionante receber essa notícia, porque muito trabalho foi envolvido para chegarmos a esse resultado. Nós fomos inscritos, como instituição, mas não fomos obrigados a concorrer, tivemos essa liberdade. O 6º ano ficou bem animado para participar, mas tínhamos o desafio da pandemia, pois eles são alunos novos, que estavam até então somente no ensino remoto, em um gênero pouco conhecido por eles”, relata a professora.

Foram 36 redações confeccionadas, de maneira individual, sem contar as escritas de textos coletivos em sala de aula – online - para que os alunos entendessem melhor o conteúdo a ser trabalhado. Foram finais de semana corrigindo textos e vendo histórias de famílias, precisando decidir somente duas redações para a competição.

“Contamos com uma comissão formada por professores da disciplina de Língua Portuguesa e pais de alunos que não pertenciam à turma para selecionar os dois textos e a classificação que eles ocupariam, pois havia espaço para o texto 1 e texto 2. Foi uma escolha muito difícil, pois houve uma grande dedicação dos alunos para participar e os textos ficaram realmente bons. Tivemos que realizar alguns ajustes, também conversei com as famílias neste processo, mas de maneira geral, os textos estavam excelentes”, revela a professora Amanda.

Os textos selecionados
Os textos escolhidos foram “Lembranças da minha vó”, da aluna Karolaine Aparecida da Silva Vieira, que fala sobre as memórias da avó Ariete Maria Gomes Saruva, nascida e criada em Campo Largo, sobre como a cidade era antigamente. “Em minhas memórias estão os casarões da Rua XV de Novembro, verdadeiras obras de arte, podíamos andar tranquilos nas ruas da cidade, olhando essas belezas, o movimento era quase nenhum, mas as famílias que passavam por ali eram todas conhecidas. Até hoje moro nessa cidade, lugar onde segui com minha família e que vivo muito feliz”, diz um trecho do texto.

O segundo texto selecionado foi “Memórias de um tempo bom”, da aluna Lauany Hirota Zanon, no qual relata lembranças de quando morava no Norte do Paraná, com a família de descendência japonesa e celebrava costumes da cultura. “Ao fechar os olhos, ainda consigo reviver os momentos, a família de minha avó era numerosa e no ‘Undokai’ (encontro de esportes), todos se reuniam, tinha a correria na cozinha para a preparação dos lanches para levar, minha mãe com minhas tias faziam o ‘Onigiri’, espetinhos, torta salgada, bife a milanesa, coxinha, pastel, entre outras coisas saborosas, mas o que mais valia eram as risadas, primos e primas correndo do lado de fora, muita alegria”, diz um trecho do texto.

As alunas passaram pela etapa municipal, onde foram reconhecidas com certificado, e também pela etapa estadual, na qual foram classificadas como suplentes.