A entrega final dos estudos contratados deverá ser feita em fevereiro de 2022, mas algumas aplicações práticas dos resultados obtidos com as pesquisas deverá ter aplicação imediata, com ajustes realiz
A pandemia de Covid-19 trouxe grandes impactos aos mais diversos setores da economia e, em especial, para os sistemas de transporte coletivo de todo o mundo. Em Curitiba e Região Metropolitana não foi diferente. Logo no início, com a implementação das medidas mais restritivas de circulação, o número de usuários no sistema metropolitano chegou a cair para 20%. Aos poucos, com o retorno das atividades, este número foi aumentando, mas mesmo nos dias atuais a média de usuários do sistema permanece na casa dos 60%.
A forte queda no número de usuários, mudanças de hábitos da população e a busca por melhorias no atendimento realizado, exigiram uma série de ajustes em todas as operações. Em 18 meses de pandemia, considerando o seu início em março de 2019, foram realizados mais de 600 ajustes no sistema metropolitano, contemplando novos atendimentos, itinerários e ajustes de horários.
Especialistas na área apontam, porém, que dificilmente o Sistema retornará aos patamares anteriores ao da pandemia e que ele precisará ser readaptado às novas realidades de vida da população. Pensando nisso, o Governador Ratinho Junior determinou que a Comec contratasse um amplo estudo para mapear o atual sistema e apresentar a modelagem para sua licitação.
O Estudo está sendo realizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas – FEPESE em parceria com a equipe técnica do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina – LabTrans/UFSC, e foi divido em três produtos principais: a atualização do cálculo tarifário, a realização de uma pesquisa de origem e destino e a modelagem econômico-financeira do sistema com o estabelecimento de cenários para o outorgado.
A entrega final dos estudos contratados deverá ser feita em fevereiro de 2022, mas algumas aplicações práticas dos resultados obtidos com as pesquisas deverá ter aplicação imediata, com ajustes realizados na operação.
Nesse momento, será realizada uma pesquisa de origem e destino com os usuários do transporte coletivo metropolitano, que teve início na semana do dia 13 de setembro e deverá com cronograma de realização em cerca de um mês. Nesta etapa, equipes devidamente identificadas realizarão pesquisas com usuários do Transporte Coletivo visando identificar sua origem, destino, conexões e interesses. Os dados coletados deverão subsidiar as decisões realizadas pela autarquia.
Segundo o presidente da Comec, Gilson Santos, será mais um passo importante para aproximar a operação do transporte coletivo do dia a dia da população. “O estudo vai mapear com precisão de onde as pessoas estão vindo e para onde elas estão indo, e ainda, se utilizam outros meios de transporte além do ônibus. Com estas informações, além do ajuste da nossa operação, podemos planejar novas linhas e conexões. Todo trabalho com informações precisas e bem planejado tem resultado mais eficiente”, destacou.
As pesquisas serão realizadas em todos os 19 municípios da Rede Integrada de Transporte – RIT, nos horários de maior movimento do sistema, que são das 06h00 às 09h00 e das 16h30 às 19h30.