Não tem como descrever com exatidão as características de um pai, cada um é único.
Não tem como descrever com exatidão as características de um pai, cada um é único. Mas, em geral, ao pensarmos na figura paterna vem muitas lembranças de quando ele foi o porto seguro, aquela palavra certa quando mais se precisava. Nem sempre vem com suavidade, pois são palavras de força, de exemplo, de direcionamento. As memórias ao se pensar no pai também vêm cheias de racionalidade, perfil do homem e mais ainda de um pai que soma a responsabilidade de criar um filho.
Pelo histórico, desde que o mundo é mundo, é do homem a responsabilidade de sustentar uma casa. Isso tem um peso muito grande, que passa de gerações em gerações, mesmo em tempos modernos. Isso fica enraizado, mesmo que hoje se tente buscar o equilíbrio. Com isso, vem um endurecimento na postura, uma maturidade, uma preocupação em executar bem qualquer missão que lhe é dada.
A falta de um pai presente – seja ele de sangue ou de coração – é insubstituível na formação de uma criança, de um adolescente, de um cidadão. Sempre ficam suas marcas. Em um momento de tanta reflexão pelo qual estamos passando, a forma com que nos relacionamos vem à tona.
Com isso, vamos aproveitar para analisar essa relação de filho para pai e de pai para filho. Vamos procurar ver qual a intensidade dos momentos de qualidade que estamos passando juntos. Todos têm uma vida corrida, mas será que ao menos uma vez na semana existe aquele olho no olho, aquela entrega de corpo e alma? Aquela relação digna de duas vidas que têm a mesma genética ou que dividiram os melhores momentos da vida juntos?
A pandemia nos trouxe ainda mais nítida a incerteza do amanhã. Expressar o que sente, hoje, é fundamental. Sem vergonha. Elogio, um carinho, um reconhecimento, ser lembrado.
Desentendimentos só trazem rancor, memórias ruins, o que com certeza todos nós queremos passar longe. Transformar momentos deveria ser nosso passatempo preferido, criar memórias afetivas. Mais amor, mais exemplo, mais união.