“Não adianta fechar tudo, sacrificando comércio e todas as pessoas se não tiverem consciência de ficar em casa”, declarou o prefeito em live, afirmando que começará a aplicar multas altas a quem n
Com o Boletim Covid-19 desta segunda-feira (07), com 218 novos casos confirmados - que reflete registro do final de semana -, Campo Largo hoje está com 1.202 casos ativos. Também foram registrados mais dez óbitos, sendo com idade entre 44 e 75 anos, sete estavam hospitalizados e três aguardavam leito de internamento no Centro Covid. Ainda há 261 casos em investigação.
Já são 384 pessoas na cidade que perderam a vida para esse vírus. Esses altos números deixam Campo Largo em uma situação de extremo cuidado, o que vem sendo avisado constantemente, para que tenham mais consciência dos protocolos a serem seguidos, como distanciamento social, evitar aglomeração, uso constante de álcool em gel e máscara.
Ainda em Bandeira Laranja, mas com uma situação crítica que estamos passando, o prefeito municipal, Mauricio Rivabem, e a secretária de Saúde, Danielle Fedalto, fizeram uma live no domingo (06) para falar sobre os dados e também sobre a vacinação.
A secretária de Saúde Danielle Fedalto informou que a faixa etária das pessoas contaminadas está diminuindo, contaminando pessoas novas e até de 21 anos necessitando de atendimento hospitalar. O prefeito Mauricio Rivabem reforçou a importância da consciência das pessoas porque ainda a pandemia levará um bom tempo e todos precisam manter os cuidados.
A UBS Dr. Dante passou a funcionar até as 19 horas e, assim como a UBS Botiatuva, atende pacientes com sintomas leves de Covid-19. No Centro Covid são atendidos pacientes com sintomas moderados a graves.
Vacinação
Anunciaram que esta semana ampliou a vacinação para novos públicos, de acordo com as doses que estão recebendo. Apenas a Unidade de Saúde Dante (Centro) e do Botiatuva não estão abertas para vacinação e são direcionados para o drive-in na IFPR.
O prefeito e a secretária lamentaram que muitas pessoas estão com receio da vacina, mas reforçaram que todas as vacinas foram autorizadas pela Anvisa e é o que se tem hoje para vencer a pandemia, para combater essa “doença que faz mal às pessoas, à Economia”.
Bastante questionados sobre os trabalhadores da Educação e Assistência Social, explicaram durante a live que estes profissionais estão sendo vacinados de forma escalonada, por idade. Devido à adesão baixa de todos os grupos para se vacinarem aos sábados, resolveram intensificar mais durante a semana. A partir desta segunda-feira (08) foi liberada vacinação para as pessoas abaixo de 59 anos e também outras 14 categorias de profissionais de Saúde que ainda não foram contemplados começam a se vacinar. É de acordo com Conselho de Classe, com profissionais que estejam ativos, também por faixa etária.
São eles: Assistentes sociais, Biólogos, Biomédicos, Profissionais de educação física, Enfermeiros, Farmacêuticos, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Médicos, Médicos veterinários, Nutricionistas, Odontólogos, Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais.
Os lotes de vacinas já vêm direcionados para as classes a serem vacinadas. São definições e regras do Governo Federal que têm que ser seguidas. Para pessoas com comorbidades a serem vacinadas, é preciso anexar documentos que comprovem e depois passam por avaliação técnica.
Decreto
Campo Largo segue o decreto do Estado do Paraná. Segundo Mauricio, não seguiu o lockdown como em Curitiba porque acredita que “não adianta fechar tudo, sacrificando comércio e todas as pessoas se não tiverem consciência de ficar em casa. Infelizmente tivemos que fechar dez estabelecimentos em um dia por não seguirem as regras. Não quero tirar o direito de ninguém”. Foram 21 notificações no final de semana, mas ainda não multa individual, o que ele lamentou que vai acabar sendo necessário, com medidas mais rígidas e multas altas para respeitarem. “Não queremos, mas infelizmente vamos ter medidas mais graves para que a minoria seja prejudicada com uma multa mais pesada, para que a maioria que respeita não seja prejudicada”, completou.
“Como prefeito não quis fazer nenhum tipo de sanção ou seguir Curitiba. Alguns prefeitos da Região Metropolitana, como eu, seguimos o nosso entendimento e mantemos o decreto do Estado do Paraná. Mas não adianta tentarmos entender qual o sofrimento dos empresários e comerciantes em Campo Largo se a população não entender desta forma”, completou.
Legenda - Secretária municipal de Saúde, Danielle Fedalto, e prefeito Mauricio Rivabem durante live