Na última semana uma foto publicada pelo perfil oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto com o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) repercutiu na internet
Na última semana uma foto publicada pelo perfil oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto com o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) repercutiu na internet, tanto para apoiadores da direita, que questionaram o posicionamento de FHC, como também apoiadores da esquerda, que aproveitaram para considerar um novo momento na política brasileira.
Acontece que, dentro do Partido da Social Democracia Brasileira, a foto em questão apresentou também duas vertentes de pensamentos. O próprio Fernando Henrique já declarou que votaria em Lula, o qual recuperou seus direitos políticos e pretende ser candidato nas eleições presidenciais de 2022, caso fosse necessário derrotar Bolsonaro, hoje sem partido.
A chapa para eleições presidenciais do próximo ano já começou a ser montada no PSDB, com a participação de João Doria, atual governador de São Paulo e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul e o senador Tasso Jereissati, do Ceará. Isso poderia trazer uma mácula já no início desta corrida presidencial, visto que o PSDB sempre visou realizar campanhas longe de extremismos e quer trabalhar na linha de recuperação dos retrocessos dos últimos governos federais – PT, Temer e Bolsonaro.
Por outro lado, há membros do partido que consideram essa uma atitude bastante democrática por parte de ambos os ex-presidentes, que preferem manter a cordialidade e discutir sobre temas importantes a respeito da política nacional.
Diante de argumentos apresentados, tanto positivos como, de certa maneira, negativos, é possível fazer várias reflexões a cerca dos acontecimentos da política nacional. Um deles mostra a união de grandes nomes, ainda influentes principalmente em gerações mais antigas e que apostam no “conhecido” para solucionar os problemas e dificuldades que o país enfrenta. Aí temos grande problemas, pois também representam anos difíceis que o país atravessou, com grandes escândalos de corrupção que corroboraram na história que hoje a população atravessa.
Há ainda a possibilidade de abertura para novos nomes integrarem o cenário político, evidenciando que a velha política é a famosa “farinha do mesmo saco”, compactuando com certos posicionamentos e medidas adotadas de quem, há alguns anos, era seu maior adversário político.
Ainda não sabemos que rumos tomarão esses próximos meses que se encaminham para as eleições presidenciais de 2022. Ainda há muita água para rolar por baixo da ponte, muitas ações a serem feitas pelo presidente Bolsonaro, que podem levar ele a ter uma melhor aceitação dos eleitores ou não. O que podemos dizer é que desde que essa nova década começou, surpresas estão surgindo e que cada vez mais precisamos ficar com os olhos abertos para a política. Podemos dizer que os ventos nunca sopraram tão forte em Brasília, quanto agora.