O ano de 2021 já está sendo um dos mais importantes para a Ong SOS 4 Patas, que atua no resgate de animais em condições de risco. Desde o mês de fevereiro, a instituição foi elevada a Instituto SOS 4 Patas, agora sendo formalizada, conta com CNPJ e conta da própria Ong, o que facilita para doações.

“A SOS 4 Patas é uma instituição que depende unicamente da doação dos voluntários e dos eventos que realizávamos, mas que agora com a pandemia estão parados. Antes desta formalização, nós usávamos as nossas contas pessoais para transferências bancárias, sempre prestamos conta de tudo, mas ainda assim tinham pessoas que se sentiam desconfortáveis para doar. Agora ficou melhor, com a conta separada somente para este fim”, explicou Mari Mazzon, fundadora da SOS.

Ainda assim, as doações estão mais baixas, se comparada a antes da pandemia. Os gastos chegam a aproximadamente 100 mil reais por mês, pois é sempre dado o melhor tratamento possível para os animais resgatados. Hoje, o instituto precisa de ajuda para pagar dívidas vindas de meses anteriores ainda, que estão em torno de 55 mil reais, portanto, todas as contribuições possíveis são muito bem-vindas.

“Nós estamos atendendo uma região maior também. Hoje, grande parte dos atendimentos de denúncias são de Campo Largo, mas também atuamos em Curitiba e outros municípios da Região Metropolitana, pois recebemos muita ajuda de voluntários dessas cidades. É uma forma de retribuir”, conta. “Além disso, temos também uma parceria com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba, que nos ajuda nos resgates e também nos passa situações”, completa.

A SOS 4 Patas recebe hoje entre 10 a 20 denúncias por dia, que integram situações de maus tratos, abandono e risco a vida de animais de vários portes. Esses animais recebem o tratamento veterinário necessário, em clínicas parceiras do projeto, e vão para o hotel para animais. Depois de tratados, vacinados e castrados, os animais vão para a adoção. Embora o estado que muitos animais são resgatados, bastante doentes e debilitados, os óbitos são baixos, justamente porque a SOS faz todos os procedimentos necessários para recuperar a saúde do animal.

“Existem casos que somente a conversa com o dono do animal é suficiente, mas existem outras que é preciso uma intervenção maior e o dono perde a guarda do animal. Já aconteceram casos de processos na Justiça, que o dono recupera a guarda, e outros que exigem indenizações. É uma pressão enorme em cima do nosso trabalho e ainda precisamos lidar com críticas. Nosso Instagram, que tinha 55 mil seguidores, sofreu uma tentativa de roubo, por um hacker e o aplicativo bloqueou o acesso. De lá vinha a grande maioria das doações, então eu transformei o meu no novo da SOS 4 Patas, para ter uma abrangência maior e não precisar começar do zero de novo. Nós entramos com processo para reaver nossa conta, mas ainda está bloqueada”, comenta.

Adoção
Além de cães e gatos, que já estão em mais de 200, disponíveis para a adoção, também existem casos de cavalos e galos, que vêm de rinhas. “A adoção incentivada por nós é a consciente. Quando o interessado entra em contato conosco, pedimos para ele preencher um questionário, enviar fotos do espaço que o animal irá ficar e que ele terá para viver e nós fazemos a entrega dele para o novo lar. Essa é uma preocupação que temos para que o animal tenha o melhor cuidado possível e receba amor da sua nova família, pois em muitos casos ele já sofreu muito. Os animais são uma responsabilidade para a vida, são seres vivos e que precisam de comprometimento”, ressalta.

Para ajudar ou adotar um animal, entre em contato pelo Instagram @sos4patas.parana, facebook.com/sos4patasparana ou pelo telefone (41) 98729-2170. Doações pelo Banco Bradesco Agência 1886 conta 49916-1 CNPJ 40.911.164/0001-95 (mesmo número para Pix). Para saber outras formas de doar, solicite junto à SOS 4 Patas.