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Opinião

Situação pode ficar apertada em 2021 para as famílias

Quem trabalha todos os meses para sustentar a família ou a casa deve estar assustado com tantas altas de preço encontradas logo na entrada do ano.

Situação pode ficar apertada em 2021 para as famílias

Quem trabalha todos os meses para sustentar a família ou a casa deve estar assustado com tantas altas de preço encontradas logo na entrada do ano. O que não faltam são notícias falando da alta dos preços dos itens da cesta básica, aumento da tarifa da água a partir de fevereiro - somado à necessidade do racionamento - e o preço do butijão de gás de cozinha. A energia elétrica se manteve mais “barata” no mês de janeiro, por conta da vigência da bandeira amarela e a carne tende a ter valores mais estáveis em 2021, após um ano bastante truculento em 2020 - mas ainda é uma tendência de mercado.

Durante o ano de 2020, de acordo com levantamento do Dieese divulgado no início da semana, tendo como base a capital Curitiba, pela proximidade com Campo Largo, os alimentos que mais sofreram aumento foram o arroz e o feijão, produtos básicos da alimentação brasileira.

Ao final dos 12 meses de 2020, a cesta básica na capital fechou no valor de R$ 540,36, representando uma alta de 17,76% em comparação ao ano de 2019. Esse aumento não é único, já que de acordo com os próprios economistas da instituição, a tendência dos últimos anos foi sempre o aumento do preço dos produtos, visualizado em 2019 na casa de 9,5% mais alto, custando à época R$ 435,90.

O que preocupa muito é que nem só de cesta básica é composto o salário do brasileiro. Caso ele receba somente um salário mínimo estadual - que hoje está em R$ 1.467,40 a R$ 1.696,20 dependendo da categoria - sem benefícios de vale alimentação, por exemplo, , uma grande porcentagem será gasto em alimentação básica - contabilizando as custas com frutas, verduras, legumes e carnes necessários para uma alimentação equilibrada e saudável.

Sobram ainda a necessidade de incluir as contas essenciais do dia a dia e os problemas que acabam acontecendo e demandando gastos, como a necessidade de comprar algum medicamento ou fazer algum reparo emergencial não previsto em casa. Equilibrar as contas tem sido um desafio cada vez maior para para o brasileiro, que precisa acordar cedo, enfrentar ônibus lotado mesmo em meio a uma pandemia.

Por falar nela, a pandemia ainda abalou a estrutura das empresas, que precisaram cortar gastos para continuar sobrevivendo e muitas vezes até demitir pessoal. O desemprego assola muitos hoje, que temem perder o pouco que têm. Outros, que já estão em situações mais críticas vivem de trabalhos independentes, procurando meios de sobreviver por meio da economia criativa - alguns empregos poderiam ter sido extintos se não fosse a criatividade das pessoas neste período de isolamento social. Sem o auxílio emergencial, a situação poderá apertar ainda mais para o brasileiro que não conseguiu se recolocar no mercado de trabalho, que se encontra em crise. Não é raro ver situações em que pessoas pedem doações.

A aposta maior tem sido a vacina, para que os setores da economia voltem a aquecer, o dinheiro circule mais e crie maiores oportunidades. Até lá, 2021 exige que sejamos cautelosos com nossos gastos e tenhamos uma programação maior do que precisa ser feito.