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Opinião

Um político como poucos

Que grande perda para a cidade. Independente de posição política, se apoia ou não, é inquestionável falar que Marcelo Puppi foi um político como poucos. Sua inteligência era admirável.

Um político como poucos

Que grande perda para a cidade. Independente de posição política, se apoia ou não, é inquestionável falar que Marcelo Puppi foi um político como poucos. Sua inteligência era admirável. Não à toa era considerado um visionário por quem lhe conhecia.
Sofremos a sua morte, na madrugada desta quinta-feira (07), após inúmeras complicações em decorrência da Covid-19. Não foi pouco o esforço dos profissionais da Saúde para conseguirem salvar o Marcelo, que infelizmente não resistiu.

Agora fica um vazio. Um vazio por tudo que ele vai deixar de conquistar. Uma morte tão precoce, pois ainda havia muito a se fazer para deixar seu nome registrado na história. Uma trajetória que vinha trilhando com muito orgulho. Conversar com Marcelo era empolgante, tamanho seu conhecimento e vivência. Uma memória ímpar, em que contextualizava tudo em uma conversa, pois não era uma pessoa superficial, sabia do que estava falando.

Sua morte está sendo lamentada desde seu eleitor até os mais renomados políticos a nível nacional. Ele era respeitado. Muito respeitado pela sua atuação na política, que vem de berço. Uma preparação abrangente que o tornava diferente. Era conselheiro político, por muitos considerado um mestre, um mentor.
Tão influente e ao mesmo tempo tão simples. Mesmo prefeito e em outros cargos já ocupados, não se mostrava superior. Respeitava a todos e ressaltava pequenos detalhes que muitos não percebiam. Em uma reunião, não tinha dificuldades de valorizar as conquistas pessoais de alguém e a importância de cada pessoa. Ele tinha noção do todo.
Uma oratória invejável. Tinha o dom de falar em qualquer situação. Ele trazia muita emoção em seus discursos. Tinha uma visão humana de tudo que estava sendo realizado e realmente se emocionava com cada avanço, com cada lembrança importante.
Conseguiu na Prefeitura Municipal criar uma nova dinâmica, uma reestruturação e implantar um pensamento de gestão. Quis arrumar o que por muitos anos foi deixado de lado. Se incomodou, sim, mas queria resolver. Não queria fazer o mesmo, queria resultado e sabia o caminho.

Uma pessoa admirável, um prejuízo para a cidade perder seu representante. Ele tão empolgado que estava com a reeleição, tinha colocado a casa em ordem, estruturou seu Governo, tinha contatos muito importantes para trazer recursos. Mesmo em pandemia e por ter levado dois anos para conseguir a certidão municipal para conseguir atrair recursos, conseguiu realizar importantes feitos. Queria fazer muito mais. Orgulhava-se da sua história, da sua origem, queria prezar pelo nome da sua família fazendo um trabalho de respeito.
Ele disse que este seria o ano de pisar no acelerador para o desenvolvimento da cidade. Mas hoje precisamos dizer: Adeus Marcelo! Que tenha seu descanso merecido.