Bomba. E que bomba. Não poderia ter nome melhor para definir o Ciclone que atingiu boa parte da região Sul do Brasil na terça-feira (30).
Bomba. E que bomba. Não poderia ter nome melhor para definir o Ciclone que atingiu boa parte da região Sul do Brasil na terça-feira (30). Causou estragos de grandes proporções principalmente em cidades de Santa Catarina. Em Campo Largo, muitas casas destelhadas, algumas destruídas. Mas, principalmente, esse ciclone veio potencializar um sentimento de fragilidade.
Durante toda a terça-feira ventos muito fortes já traziam uma insegurança. O barulho causado pelo vento, por onde ele passa, já traz aquela sensação de instabilidade, deixa nosso corpo em alerta de que algo ruim está vindo. Vento com temperatura mais quente, sinal de que chuva forte ia chegar. Não bastasse destelhar casas, aí vem a forte chuva, um temporal até com granizo em algumas regiões.
Diante daquele cenário cinza, tanta coisa começa a vir pela cabeça. Independente da onde cada um estava no momento, logo vem a preocupação com pessoas da família, com amigos, com o próximo, com aquele menos favorecido, do que poderia vir a acontecer.
Somado a isso, falta luz, em algumas regiões foram mais de 5 horas sem energia elétrica. Ainda mais, falta de água. Tudo junto e em meio à pandemia da Covid-19. E é aí que mora toda a fragilidade, potencializada por esse ciclone extratropical que veio forte e mudou o cenário por onde passou.
Que dia! Potencializou aquele sentimento de insegurança que todos nós temos sentido, que queremos deixá-lo guardado num cantinho, bem fechado, mas que teima em aparecer a qualquer nova situação. Fragilidade por ver tudo isso acontecer sem ter muito o que fazer. A natureza é poderosa, nos deixa de mãos atadas. Nos sentimos pequenos diante dela. Nos faz pensar o quanto tudo que vivemos é passageiro e que algumas coisas que nos preocupam simplesmente não têm importância.
Diante de tanta instabilidade, pesa a instabilidade emocional. Vemos que nem sempre estamos preparados para diversas situações. Precisamos dar dois passos para trás, analisar, refletir, parar para pensar na nossa vida.
A verdade é que temos o hoje e temos que aproveitá-lo! A pandemia tem nos ensinado muito, o ciclone pode ter nos ensinado muito também e diversas situações no nosso dia a dia também nos dão lição. Mas paramos para perceber isso? Talvez precisa arrancar telhados, árvores e destruir o que vem pela frente para então percebermos que a sociedade precisa mudar. Vemos tantos comentários e postagens nas redes sociais, atitudes tão egoístas, que temos certeza que ainda é preciso muita evolução.
É bíblico, um trecho muito atual, mas que é de Crônicas do Velho Testamento 7:13. “Se Eu fechar o céu para que não derrame a chuva, ou ainda se ordenar aos gafanhotos que devorem a terra, ou mesmo enviar a praga sobre a minha própria gente; e se esse meu povo, que se chama pelo meu Nome, se humilhar, orar e buscar a minha face, e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e seus erros e curarei a sua terra”. Independente de qual religião se acredita, vale a reflexão. Faça diferente!