A pesquisa realizada aponta que os paranaenses encerraram 2019 endividados, exatamente do mesmo jeito em que começaram o ano passado.
Um dado bem preocupante foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). A pesquisa realizada aponta que os paranaenses encerraram 2019 endividados, exatamente do mesmo jeito em que começaram o ano passado. A média do ano é de 90,42% das famílias endividadas, sendo que em dezembro essa porcentagem ficou em 90,88, mesmo recebendo 13º e com liberação de FGTS.
2020 já começa com luz vermelha acesa e com a necessidade de rever os gastos e aproveitar essa época de maior reflexão para planejar o ano de forma mais saudável financeiramente. Pés no chão e prioridades precisam ser estabelecidas. Mais de 11% das famílias reconhecem sequer ter condições de pagar suas dívidas, o que é bem preocupante porque as taxas de juros consomem qualquer orçamento e fica ainda mais difícil sair do buraco.
Muitas vezes vai bem a contratação de um profissional que auxilie a família a fazer um planejamento de como sair das dívidas e com isso poder viver mais tranquila. O investimento se paga e faz com que a família passe a ter mais consciência financeira com aquilo que ganha. Em meio a um mundo envolvido com redes sociais, o que se posta acaba sendo uma preocupação, em sempre mostrar estar bem, e nisso começam a bancar algo que não é a realidade daquelas pessoas. Muita festa, roupas novas e viagens que não condizem com as condições, mas muitos pensam apenas no momento e vão empurrando o “problema” para depois. “Depois damos um jeitinho”.
Mas essa situação comprovadamente tem levado muitas pessoas à depressão. É preciso rever os conceitos do que é felicidade, do que faz bem. Aprender a ser feliz com o que se tem, em momentos em família e amigos que não necessariamente precisam envolver altos gastos. Será que não vale mais colocar a cabeça no travesseiro e poder dormir tranquilo? Muitas vezes os gastos extras pode ser a tentativa de fuga de problemas, incluindo em relação ao dinheiro, mas a bola de neve vai só crescendo.
O cartão de crédito representa mais de 76% das dívidas a serem pagas, com parcelamentos em cima de parcelamentos. Talvez esteja aí o início desse planejamento, algo para ser revisto, com aqueles questionamentos básicos de se realmente precisa, se é necessário neste momento ou pode deixar para depois.
A dívida em muitos casos é para conseguir o mínimo de condições dignas, em meio a um país que ainda sofre o reflexo da crise que vem vivendo há muitos anos. Para conseguir boas escolas, condições melhores de atendimento em Saúde, a segurança que precisa ser privada, todas as contas que aumentam consideravelmente mês a mês, fica difícil. Exige ainda mais disciplina para conseguirmos nos manter em meio a tantas despesas. Ano novo, vida nova, como diz o velho ditado. Que assim seja! Um ano de muita esperança, de equilíbrio e paz para todos.