O acidente doméstico envolvendo o apresentador da Record, Augusto Liberato, o Gugu, que despencou de uma altura de quatro metros, chocou os brasileiros na última semana. A morte encefálica de Gugu foi confirmada pelos médicos na última sexta-feira (22).

A Folha conversou com o Capitão Comandante Deiverson, do 2º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros, que disse que os atendimentos envolvendo quedas são frequentes. “A primeira coisa que devemos ressaltar é que para realizar instalações de antenas, trocas de telhados, obras e tantas outras atividades em plano elevado, é que seja contratado um profissional que utilize equipamento de segurança adequado, para que em caso de quedas, ele fique ‘pendurado’ e não venha a se ferir com gravidade.”

A queda de plano elevado a partir de um metro de altura, segundo o Corpo de Bombeiros, pode oferecer riscos. “Nós analisamos a altura, que é preponderante para a gravidade dos ferimentos, o piso - se é concreto ou gramado, por exemplo - e também a resistência física da pessoa. Quando acontecem quedas maiores de três metros de altura, nós costumamos encontrar situações mais graves, como maior número de fraturas e também traumatismo cranioencefálico”, diz.

A recomendação do Capitão em caso de presenciar a queda de alguém é avaliar as condições da vítima - se está consciente, se tem fraturas aparentes e ligar para o 193. Evite transportá-la, preferível manter a vítima imóvel, verificar se está respirando. Em caso de hemorragia, é importante tentar estancá-la até a chegada do atendimento.
Caso você tenha sido vítima de uma queda e esteja consciente, é importante fazer uma análise geral, verificar se está sentindo os dedos das mãos e dos pés. Se estiver sentindo dores fortes na coluna, o ideal é permanecer imóvel até chegar ajuda. Em caso de desorientação, dores nessas regiões, grite por socorro e peça atendimento do Siate.