Com maior controle na impressão das cédulas para votação nos candidatos ao Conselho Tutelar de Campo Largo, a eleição será realizada neste domingo (01), nas 8h às 17 horas
Com maior controle na impressão das cédulas para votação nos candidatos ao Conselho Tutelar de Campo Largo, a eleição será realizada neste domingo (01), nas 8h às 17 horas. Os locais de votação são a Escola Reino da Loucinha, CRAS Ferraria, Colégio Estadual Djalma Marinho de Bateias e Colégio Estadual Otalípio do Amaral. Apesar de não ser obrigatória, é de grande importância a presença de maiores de 16 anos para votar, para melhor representação na cobrança dos direitos das crianças e adolescentes.
A última eleição foi cancelada pelo Ministério Público devido a um problema na impressão das cédulas, que continham 11 quadrados para serem assinalados, mas com 12 candidatos ao todo. Desta vez, as cédulas serão conferidas com antecedência na presença de representantes do Ministério Público e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.
Também terá um reforço na segurança nos pontos de votação devido a algumas situações ocorridas na última eleição. Também houve denúncia de alguns candidatos com pedido de cassação, o que foi analisado caso a caso e foram apenas aplicadas advertências. O Conselho é responsável por fiscalizar ações realizadas pelos órgãos competentes em relação ao cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes. O Conselho Tutelar é subordinado ao CMDCA, por isso a eleição é organizada por eles, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O eleitor deverá comparecer ao local de votação com título e documento de identificação com foto (RG ou CNH). Mais informações: (41) 3291-5133
Candidatos
Os conselheiros são responsáveis por zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, assegurados pela Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e demais leis infraconstitucionais. Confira breve depoimento dos candidatos a serem votados neste domingo (01).
Valter Domingos Junior, formado em Ciências Sociais, é professor e sempre atuou em ações sociais e culturais, com adolescentes e crianças. É o candidato mais novo e diz que sempre ouviu críticas do Conselho de que precisa melhorar a articulação com os órgãos e atuar de forma mais preventiva. Quer atuar de forma efetiva na prevenção dos problemas na sociedade.
Edson Góes já é conselheiro há 10 anos e é novamente candidato porque vê ainda muita deficiência neste setor, diz que há muita necessidade de melhoria na cidade, assim como em todo o País. Para ele, faltam leis mais eficientes e um olhar diferenciado para as crianças. Diz que há muitas crianças vítimas de abuso, negligência, e grande índice de criminalidade, mas que não se vê uma política pública forte. Quer continuar atuando para trazer mais resultados.
Pamela Oliveira faz trabalho social com crianças e suas famílias há seis anos. Candidatou-se ao Conselho Tutelar pois sabe da importância em zelar e proteger as crianças e adolescentes, fazendo-se cumprir seus direitos e orientando sobre seus deveres. Acredito que precisa ser feito um trabalho forte de prevenção, principalmente com relação ao abuso infantil. Conto com o voto de todos que me conhecem e sabem da seriedade do meu trabalho.
Shana Zanlorenzi exerceu o primeiro mandato como conselheira, o qual está sendo concluído. Quer fazer parte do próximo colegiado e dar continuidade ao trabalho que já iniciou. Trabalhou com crianças os direitos e deveres de forma lúdica, fez trabalho com adolescentes sobre cyberbulling e participou de ações com policiais e Justiça para fiscalizar em bares. Quer continuar estes e tantos outros.
Sonia Carlotto é atualmente conselheira, concluindo seu primeiro mandato. Quer dar continuidade ao que vem desenvolvendo, porque diz que não é um trabalho tão simples de se executar, que é uma profissão muito delicada e requer muito cuidado. Diz que é preciso adquirir conhecimento e experiência necessária para desenvolver esse trabalho. A intenção de se reeleger é continuar o que vem aplicando nos projetos e agora com mais conhecimento de causa. “É preciso ter perfil e amar o que faz. Uma decisão pode mudar a vida de uma criança ou adolescente”, afirma.
Viviane Marques atua como assistente social há dez anos. Seu objetivo é trabalhar na prevenção, na garantia dos direitos das crianças e adolescentes, em parceria com a rede de proteção. Justifica que quando chega ao Conselho os vínculos já foram rompidos, por isso é importante prevenir. Comenta que conhece os bairros, já trabalhou como coordenadora do CRAS na Ferraria e tem experiência com esse trabalho com criança e adolescente. Se compromete a trabalhar com dedicação, ética e compromisso.
Antonio Amorim Costa é formado em Serviço Social e disse que tem o compromisso de, se eleito, cumprir fielmente as atribuições do Conselho Tutelar. Quer articular com os demais atores para garantir direito à Educação e Saúde, como também trabalhar em conjunto com Polícia Militar, Ministério Público e Poder Judiciário. Afirmou que irá acompanhar os casos, o que é fundamental não só quando está com o direito violado, mas antecipar essa situação. “Criança e adolescente deve ser prioridade integral”, disse.
Eliezer Leal, radialista, pertence à Igreja Assembleia de Deus e sua proposta é trabalhar sem medir esforços para buscar o direito das crianças e adolescentes. Acha que hoje não é positiva a visão da população em relação ao Conselho e quer mudar esse cenário. Se for eleito, quer seguir com respeito ao Estatuto da Criança e Adolescente.
Hugo Vinicius Veronez, da Igreja Bola de Neve, disse que trabalha em projeto social na Igreja para desenvolver atividades esportivas e filantrópicas com as crianças e com isso conhece os anseios e realidade das crianças. Diz que a sociedade hoje vive uma grande inversão de valores, em que não se vê respeito e educação como antigamente. Vê como maior solucionador o exemplo para as crianças e que ainda há solução.
Jane Mascarenhas é advogada e se orgulha em dizer que Campo Largo é boa para se morar. Moradora da cidade desde 2003, diz que há uma rede de proteção falha às crianças e adolescentes. Comenta que é preciso trabalhar em equipe, não é apenas exigir do Poder Público. Acrescentou que conselheiros têm o poder de exigir as garantias para entidades em conjunto, para uma ação efetiva de Assistência Social, Saúde, Judiciário e comunidade em geral. “Pais e mães também tem que aprender a garantir esses direitos aos filhos.”
Nicole Castagnolli é advogada e diz ser candidata pela necessidade do atendimento às crianças e adolescentes. Para ela, conselheiros não são babás e não podem punir as crianças, eles são eleitos para protegê-las. Antes de serem criticadas, essas crianças precisam ser compreendidas, segundo declarou, completando que elas precisam de empatia e que haja responsabilidade social. Ao final, desejou que os novos membros cumpram o papel com carinho e para atender essa necessidade.
Sergio Drumm trabalha mais de seis anos em assistência social. Diz que valores estão sendo deixados de lado e que a obrigação é primeiro dos pais, então da comunidade e depois do Estado. Para ele, as crianças têm que ter direitos garantidos conforme a Lei e por isso precisam trabalhar juntos para fazer a diferença.