Este mês está reservado especialmente para destacar as vitórias de crianças prematuras e também alertar as gestantes da necessidade de seguir toda a rotina do Pré-natal, tanto das consultas, como os exames
Este mês está reservado especialmente para destacar as vitórias de crianças prematuras e também alertar as gestantes da necessidade de seguir toda a rotina do Pré-natal, tanto das consultas, como os exames. Os campo-larguenses já acompanharam muitas histórias de bebês que nasceram prematuros, as mais famosas foram o caso da Frankielen Padilha, que teve morte cerebral após um AVC e foi mantida viva por mais 123 dias, quando deu à luz os gêmeos Ana Vitória e Asaph, em 2017, e também o caso dos quíntuplos do Paraná - Luis Henrique, Jhordan, Thiago, Antonella e Laura - que nasceram em setembro e estão evoluindo com bastante sucesso.
A médica ginecologista e obstetra Marina Nunes Machado explica que são considerados partos prematuros todos os que acontecem antes de completarem 37 semanas. “As causas para um nascimento prematuro são diversas. Podem ser maternas, como pressão alta, infecções, diabetes, gestações múltiplas, descolamento de placenta; ou ainda causas fetais como atraso no crescimento fetal, malformações e sofrimento fetal. O trabalho de parto prematuro, especificamente quando a mãe apresenta as contrações antes da hora, tem como principal causa a infecção urinária.”
Dra. Marina segue explicando que o Pré-natal consiste em uma rotina de exames já bem estabelecidas por meio de protocolos consagrados na Medicina Obstétrica. Por meio dele é possível detectar e tratar infecções, hipertensão, diabetes, doenças fetais, anemias e outras. Ela esclarece ainda que quando a mãe apresenta contrações antes da hora, existem medicamentos que servem para inibir o trabalho de parto por um tempo limitado, quando geralmente é realizada a aplicação de corticóides para amadurecimento dos pulmões fetais.
“Mulheres que tiveram um bebê prematuro por causa de um trabalho de parto prematuro têm chances de repetir o mesmo quadro na gestação subsequente, por isso é importante que ela faça consultas regulares ao ginecologista, antes mesmo de engravidar. É importante esclarecer que o nascimento prematuro, mesmo que por poucos dias, pode deixar sequelas que irão refletir em toda a vida do bebê, sem contar o risco de óbito em si. Precisamos falar sobre isso, precisamos evitar esse risco. As mulheres precisam levar a sério o Pré-natal”, ressalta.
Quais os riscos para o bebê?
O bebê ainda não estava “prontinho” para nascer, por isso está sujeito a vários riscos, entre eles dificuldade respiratória, risco de contrair infecções, risco de apresentar atrasos no desenvolvimento, problemas intestinais, hemorragias. “Em linhas gerais, os problemas que mais acometem os bebês prematuros são as hemorragias pulmonar e cerebral, que existem formas de evitar, mas não há garantias; atraso no desenvolvimento motor, que pode ser amenizado com a fisioterapia; atraso no desenvolvimento neurológico, que não há como evitar; necrose intestinal, algumas medidas podem ser tomadas, mas não há garantias; dificuldades respiratórias, os aparelhos que auxiliam na respiração; em resumo, sobre as complicações fetais, elas são graves e de difícil reversão”, alerta.