Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 04:56:57
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Trincheiras no Jardim Guarany e Cercadinho serão construídas

Importantes obras e que por muitos anos são aguardadas pelos moradores de Campo Largo e para maior segurança de todos que transitam pela BR-277 foram anunciadas nesta segunda-feira (21)

Trincheiras no Jardim Guarany e Cercadinho serão construídas



Importantes obras e que por muitos anos são aguardadas pelos moradores de Campo Largo e para maior segurança de todos que transitam pela BR-277 foram anunciadas nesta segunda-feira (21) pelo governador Ratinho Junior. Campo Largo está contemplada entre as 12 obras que estão previstas com investimentos de R$ 365 milhões, provenientes do acordo de leniência firmado pela Concessionária CCR-RodoNorte e o Ministério Público Federal (MPF).

Durante a coletiva, o Jardim Guarany foi apresentado como prioridade número 1. O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, destacou que neste trecho há um problema gravíssimo de mobilidade, em que pessoas perdem muito tempo para conseguirem cruzar, além de diversos acidentes que já aconteceram. Lembrou, inclusive, que já foi motivo de protesto da comunidade, com fechamento de estradas, e que a PRF já alertou sobre ser um retorno bastante perigoso, principalmente em horários de pico em que a fila avança pela rodovia.

A segunda prioridade apresentada também foi em Campo Largo, uma trincheira no Cercadinho. Sandro Alex argumentou que se trata de uma comunidade isolada, que já fez inúmeras reivindicações e o próprio Ministério Público do Paraná fez uma ação para que o Departamento de Estradas e Rodagem tomasse providências porque a comunidade ficou isolada, sem nenhuma interseção. Destacou que é uma medida de segurança.

O secretário explicou que a demanda de obras nas rodovias que cortam o Paraná – líder em vítimas fatais por atropelamento em estradas federais - passaria de um investimento de R$ 1 bilhão e por isso tiveram que seguir critérios para definir quais seriam realizadas – o que conseguiram com apoio da PRF e técnicos do DER, em 11 reuniões com a CCR RodoNorte. Ao todo serão oito interseções – viadutos, trevos e trincheiras - em trechos com registros de vítimas fatais e alto fluxo de veículos, como também 28,2Km em duplicações (maior parte do valor desta leniência).

Segundo nota da assessoria da RodoNorte enviada à Folha, “neste momento estão sendo definidas em reuniões com a concessionária a melhor solução possível para as obras mencionadas. Na sequência a mesma irá elaborar o projeto executivo de engenharia e contratar uma empresa para executar a obra, cabendo ao DER/PR fiscalizar o andamento dos serviços.”

Segundo informações do Governo, as obras que já tiverem projetos começam imediatamente, mas todas as intervenções devem ser realizadas até o final da concessão, em 2021. “Estamos recuperando o tempo perdido. O pedágio não é um mal, existe em todo o mundo. Ruim são o preço e as obras que não aconteceram”, afirmou o governador.

O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, reforçou que o acordo assegura a execução de todas as obras. “Já há orçamento previsto para todas as ações. Se, por um acaso, uma ou outra obra não chegar ao fim, a concessionária se responsabiliza por terminar mesmo fora do prazo de concessão. Não existe chance de qualquer obra começar e não terminar”, explicou.

Acordo

O acordo de leniência entre a Rodonorte e o MPF foi firmado em março de 2019 depois que a concessionária foi alvo da Operação Integração, que apurou atos de corrupção entre agentes públicos e as seis concessionárias de rodovias que atuam no Anel de Integração. A RodoNorte reconheceu o pagamento de propinas para conseguir mudanças contratuais, atos de corrupção e lavagem de dinheiro desde 2000. O acordo prevê que a empresa pagará, a título de reparação de danos, valores destinados a reduzir a tarifa de pedágio e a fazer obras rodoviárias no interesse direto dos usuários da via.

Ao todo são R$ 750 milhões até o final da concessão, sendo R$ 365 milhões para a execução de obras e outros R$ 350 milhões para arcar com redução em 30% da tarifa de todas as praças de pedágio por ela operadas, medida em vigor desde abril. Houve ainda o pagamento de multa para o Estado no valor de R$ 35 milhões.