Não só no cenário nacional os escândalos políticos. Ter o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigando pessoas e alguns locais movimentou a cidade nesta semana. A investigação que resultou na Operação Rota 66 iniciou em 2016 porque levantou suspeita a modificação na Lei de forma tão rápida e objetiva. Na sociedade civil organizada, era unânime o questionamento do que motivava a isso.
Chegamos em 2019 com investigações bem apuradas, mas que ainda continuam, em sigilo.  Vão juntando informações para tentar confirmar a velha política, de que quem tem dinheiro pode mais. Passam por cima da Leis, ou a modificam, ou pagam propina. Na internet, muita gente comemora a ação do Ministério Público do Paraná. E temos que comemorar e torcer para que sirva de exemplo para os políticos, que não podem mais agir à moda antiga, é preciso respeitar Leis e princípios e principalmente honrar a confiança daqueles que depositaram neles seu precioso voto. É motivo de também lamentar, por ver a cidade envolvida em um escândalo de pagamento de propina, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, tráfico de influência e associação criminosa.
Onde está a preocupação com a cidade e seu povo? Como voltam a acreditar nos discursos, nas promessas e planos de uma cidade melhor? Aonde está a mudança? Também outro caso de repercussão nesta semana, da condenação de um vereador que teria feito vistas grossas ou até participado de uma situação no Centro Médico que resultou em desvio de dinheiro público. As situações seguem na Justiça e com certeza deixam um grande aprendizado, não só para os envolvidos, mas para todos aqueles que almejam trabalhar pelas pessoas e se lançam em carreiras públicas. Ministério Público tem feito um importante trabalho de apurar denúncias e irregularidades em diversas áreas, atitudes que podem até mesmo inibir ações criminosas futuras, o que nos resta agora é esperar que o Poder Judiciário conclua os inquéritos com a Justiça aplicada na medida.
É realmente difícil conseguir exprimir um sentimento sem que ele seja equivalente à indignação, perda da esperança ou até mesmo da prospecção de que isso tudo é reflexo do passado e consequência de um futuro que ainda está por vir. Dizem que os mais sábios aprendem vendo o erro dos outros, tomando aquilo como exemplo para que não caia da mesma armadilha. Já parou para pensar, em meio a todos esses lamurios, que as crianças que temos em nossa sociedade hoje, um dia poderão alçar o poder? A educação política, a formação do cidadão não começa quando ele tira um título de eleitor com 16 anos, ela vem muito antes disso e é nosso dever tornar crianças sábias para que no futuro, quem sabe, elas possam desviar do caminho que levou muitos povos à ruína, chamado corrupção.