*Editorial publicado no impresso de 19 de julho de 2019
Parece música aos ouvidos quando se escuta falar em redução tributária. Uma carga tão pesada que os contribuintes não conseguem mais carregar. É unânime a dificuldade em ser empresário nesse país, que reflete diretamente na alta taxa de desemprego, de não conseguir dar as melhores condições salariais e de benefícios aos colaboradores. Mas aquela medida que estava tão longe parece que pode se tornar realidade.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta semana que querem reduzir a carga tributária ao longo dos anos. A mudança consiste na alteração em impostos federais. Entre elas seria reduzir a alíquota máxima do Imposto de Renda para 25% - hoje pessoas físicas pagam até 27,5% e pessoas jurídicas, como empresas, pagam até 34% de IR. Além disso, a ideia é unificar impostos e contribuições federais, como PIS, Cofins, IPI e IOF, em um imposto único.
Para ir se tornando uma realidade, não só isso precisará mudar, porque senão a conta não fecha. É necessária toda uma reestruturação no Governo e medidas que podem ser drásticas, que pode descontentar grupos, mas que terá que ser prezado pelo bem da maioria e voltar a retomar a Economia do País. Uma das mais importantes, a Reforma Previdenciária, já está em andamento.
As mudanças precisam acontecer em todos os setores. O comércio se mostrou otimista no início do ano, mas tem apresentado uma nova estagnação porque os cidadãos estão receosos em se comprometerem com gastos, como também o empresário teme não conseguir honrar seus compromissos. Para tentar dar uma movimentada, o presidente liberou o saque do FGTS, que para Bolsonaro é considerada uma pequena injeção na economia. Mas a possibilidade é de injetar bilhões de reais, que deve impulsionar um novo cenário no Brasil, que todos estão esperando para animar esse final de ano.
Na gestão do Temer foi liberado o saque, mas apenas para contas inativas. Dessa vez será uma medida mais positiva, mas com regras que estão sendo elaboradas e serão permitidos saques em porcentagens proporcionais aos valores a serem retirados, provavelmente no máximo de 35%. Com certeza vai tirar muita gente do sufoco e deixar os empresários bem animados. Já é possível dar uma olhada no valor de FGTS pelo site da Caixa Econômica Federal, para saber que valor poderá ser retirado. E aproveitando a “onda”, vamos nos preocupar com menos curtidas no Instagram, e pensar no que realmente muda a rotina e vida de cada cidadão.