Quinta-feira às 21 de Novembro de 2024 às 06:13:08
Saúde

Aumenta o número de pessoas que praticam atividade física e se preocupam com a saúde

"O melhor exercício é realmente fazer um exercício, não ficar parado, fazendo aquilo que se sente bem e à vontade, para que continue praticando a atividade física", orienta educador físico.<

Aumenta o número de pessoas que praticam atividade física e se preocupam com a saúde

Aumentou em 24,1% o número de pessoas que praticam atividade física, desde 2006, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2017, elaborada pelo Ministério da Saúde. É alvo de comemoração, já que o Brasil é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o quinto mais sedentário do mundo. A caminhada é a atividade mais praticada, seguido de musculação, futebol e artes marciais. A quantidade de atletas corredores aumentou 194% no país, entre os anos de 2006 e 2017.

O aumento no número dos alunos já é sentido nas academias, praças, parques e até nas ruas, conforme conta Jonathan Engel, educador físico e pós-graduado em Futebol e Condicionamento Físico e Saúde no Envelhecimento (CREF/PR 18834-G/PR). “Os motivos mais frequentes das pessoas iniciarem um programa de atividade física são, geralmente, a busca pela saúde e qualidade de vida, melhora do condicionamento físico e da capacidade cardiorrespiratória, maior ganho de força, flexibilidade, emagrecimento e controle do peso corporal, além, é claro, da procura para fins estéticos. Como consequência, ocorre a diminuição do estresse, o combate à depressão, prevenção de doenças cardiovasculares, melhora do sono, aumento da imunidade e retardo do envelhecimento.”

Para que o exercício comece já da forma correta, o primeiro ponto é procurar um médico para avaliar a saúde, por meio de exames clínicos que atestarão a aptidão física. Jonathan explica que a atuação do profissional de Educação Física também é essencial para que aconteça a orientação correta da execução do exercício, sem sobrecarga de treinos ou exercícios, especialmente no período de adaptação.

“O erro mais comum é cometido quando as pessoas que iniciam a prática não sabem ao certo como fazer os exercícios, qual a quantidade e tempo corretos e quando se submetem a uma intensidade acima do que seu corpo está preparado para suportar. Isso pode ter consequências graves como lesões musculares, aparecimento de problemas cardiovasculares, entre outros. O corpo pode dar inúmeros alertas de que o exercício está sendo feito de forma errada ou em excesso, como dores constantes nos músculos e articulações, cansaço excessivo, que são comuns no início de qualquer prática de atividade, porém, se ela durar por muito tempo, não é normal e é preciso buscar um médico”, alerta.

Existe atividade ideal?
Para ele, o melhor exercício é realmente fazer um exercício, não ficar parado, fazendo aquilo que se sente bem e à vontade, para que continue praticando a atividade física. “Meu conselho é que a pessoa vivencie inúmeras experiências e, a partir disso, defina com qual modalidade tem afinidade. Muitas vezes as pessoas iniciam um programa de exercícios por indicação médica, tendo restrição algumas vezes de certas modalidades ou movimentos. Assim, aconselho que façam o que o médico solicitou, mas também procure algo de forma conjunta, com a liberação médica, para que seja fator motivador para a sua sequência na prática”, indica.

Para quem não tem a possibilidade de um acompanhamento profissional, o conselho do profissional é que inicie com atividades de baixa intensidade como caminhada, andar de bicicleta em um ritmo confortável, e após perceber que o condicionamento está melhorando é possível aumentar a intensidade aos poucos. “Por exemplo: se a pessoa faz caminhadas de 20 minutos e, após duas semanas, não está se sentindo cansada, pode iniciar um treino intervalado, como andar um minuto, correr um minuto. Se após um período se tornar fácil novamente, pode aumentar a intensidade”, orienta.

Os aplicativos também podem ser uma boa opção, mas é preciso ter cautela. “Nem sempre o que é executado no vídeo, por exemplo, poderá ser aplicado a todas as pessoas. É preciso respeitar seu corpo. Temos aplicativos bons e ruins, porém, mais uma vez é importante ressaltar que, quando executados de forma incorreta, alguns exercícios podem causar danos irreversíveis”, alerta.

Exercício na terceira idade
Os idosos também devem praticar exercícios físicos, sempre respeitando suas limitações. “Eles podem praticar musculação, exercícios aeróbicos e pilates. Essas práticas auxiliam na execução das atividades da vida diária (AVDs) como andar, abaixar, subir escadas, erguer algum objeto mais pesado, além de contribuir com o aumento da força, da massa muscular e óssea, flexibilidade, aumento da imunidade, prevenção de doenças cardíacas e vasculares, diminuição da pressão arterial, melhora da capacidade cardiorrespiratória, melhora do equilíbrio, memória, o que potencializa a mobilidade, tornando-o mais independente por mais tempo”, explica.