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Opinião

Operação busca combater exploração sexual na internet e serve de alerta

Uma notícia divulgada nesta quinta-feira (28) nos coloca em estado de alerta

Operação busca combater exploração sexual na internet e serve de alerta

Uma notícia divulgada nesta quinta-feira (28) nos coloca em estado de alerta e também nos deixa em cho­que. A Operação Luz na Infância foi deflagrada em 26 estados do Brasil e no Distrito Federal, envolvendo mais de 1.500 policiais civis e Ministério da Justiça e Segurança Pública. Querem identificar autores de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes na internet. Isso nos leva a pensar o que tem acontecido com a sociedade, que está cada vez mais perversa? Onde estão os valores, a preocupação com o próximo e principalmen­te com as crianças?

A internet, que veio para revolucionar o mundo, com o fácil acesso à informação e que permite nos conectar­mos com pessoas em qualquer país, a qualquer hora e lugar, é também um local de promiscuidade, de falta de se­gurança, de invasão de privacidade. Sem falar em muitas pessoas que estão ficando totalmente alienadas, viciadas no que a Internet oferece, vivendo realmente em um mundo virtual e esquecendo do real.

Nessa Operação há 266 Mandados de Busca e Apreensão de conteúdos relacionados a esses crimes. Por sorte, há o Laboratório de Inteligência Cibernética da Secretaria de Operações Integradas que tem investigado esse ambiente digital, mas essa exposição a que esses menores estão expostos é assustador. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil ofereceu cursos e capacitações que subsidiaram as quatro fases dessa operação. Na terceira fase, a investigação apontou alvos internacionais com ajuda de autoridades da Argentin e desde outubro de 2017 foram cumpridos 157 mandados e presos 112 abusadores. Na segunda edição, em maio de 2018, houve cumprimento de 579 mandados de busca, resultando na prisão de 251 pessoas.

É algo ainda muito novo e não se consegue monitorar tudo que se faz na internet. Muitos pais sequer têm ideia do que acontece “online”, porque não tiveram isso na infância, muitas vezes não conseguem nem imaginar o mal ao que os filhos estão vulneráveis. Ainda mais nesta era que é tudo tão rápido, as crianças já têm um pensa­mento mais acelerado, estão antenadas em tudo e muitas vezes podem se impressionar com o novo, o diferente.

Mais do que nunca os pais precisam estar presentes. Apesar de muitos passarem o dia fora trabalhando, há diversas maneiras de estar próximo dos filhos, principalmente realmente estar ao lado dele quando estão em casa, e não mexendo no celular, assistindo televisão e cada um em um canto. É preciso se conectar mais com o real. Há também inúmeros profissionais especializados para dar suporte nesta área e não precisa ter vergonha de procurar ajuda. Que essa busca de ajuda seja para a prevenção e não quando já há um grande problema a ser resolvido.