Secretariada Saúde enfatiza que a única forma de prevenção a vacina, disponível em todas as unidades de saúde do Paraná
Secretaria de Estado da Saúde confirmou, no boletim epidemiológico desta quinta-feira (7), a primeira morte por febre amarela no Paraná. Trata-se de um homem de 64 anos, trabalhador da zona rural de Morretes. Ele procurou atendimento ainda no Litoral, mas foi transferido de helicóptero para Curitiba, onde morreu. Ele não era vacinado. O local de provável infecção ainda está sendo investigado.
A única forma de prevenção contra a febre amarela é a vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde de todos os municípios do Paraná. Desde janeiro já foram aplicadas 216.339 mil doses em todo o Estado.
O secretário da Saúde, Beto Preto, lembra que o mosquito transmissor do vírus da febre amarela entrou no Paraná pela mata atlântica do Vale do Ribeira, vindo do Estado de São Paulo, que registrou este ano 38 casos, com nove mortes; no ano passado, foram 503 casos da doença, com 176 mortes no Estado vizinho. “O Paraná está enfrentando a doença com muita determinação e trabalhando com transparência”, afirma o secretário.
Casos
Até o momento, a partir de janeiro, foram confirmados oito casos da doença no Paraná (incluindo a morte). Ainda estão em investigação 62 notificações; e já foram descartados 129 casos. Os confirmados residem em Curitiba, Antonina, Morretes, Campina Grande do Sul e Adrianópolis. A maior parte foi contraída em Guaraqueçaba.
A imunização leva 10 dias para entrar em ação, portanto é recomendado o uso de repelente, mangas e calças compridas, especialmente para quem está perto de matas, já que a febre é silvestre.
A vacinação é recomendada a pessoas entre 9 meses e 59 anos. Além dessa idade ou gestantes, lactentes e pessoas com doenças crônicas devem procurar orientação médica e apresentar receita para receber a vacina.
A morte de macacos, um importante sinal da circulação do vírus da febre amarela, está confirmada em dois municípios – Morretes e Antonina, que registrou o primeiro alerta da presença do vírus ainda em meados de janeiro. Em doze municípios há mortes de macacos sob investigação, mas em outros 15 não foi possível coletar amostras para enviar ao laboratório, portanto não se pode descartar a presença do vírus.
Em Campo Largo todas as Unidades Básicas de Saúde estão aptas a realizarem a vacina, tanto nas urbanas, como nas rurais.
As aplicações acontecem de segunda-feira a sexta-feira, sempre das 8h30min às 16h30min, com rodízio de profissionais na hora do almoço.
Em seu comunicado, a Prefeitura de Campo Largo ressaltou que a vacinação deve ser feita em bebês a partir dos 9 meses de vida, até 59 anos - 11 meses e 29 dias.
Idosos e pessoas com baixa imunidade devem receber a vacina de acordo com a indicação médica.
Sintomas
A febre amarela apresenta sintomas como febre, dores musculares, dores de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, olhos, face e língua avermelhadas, fotofobia (sensibilidade à luz), fadiga e fraqueza. Sua fase aguda pode durar até quatro dias, quando os sintomas desaparecem. Algumas pessoas podem voltar a apresentar sintomas graves, como retorno da febre, icterícia, urina escura, dores abdominais e sangramentos. Em todos os casos, o médico deve ser consultado.