Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 09:37:50
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Paraná confirma primeira morte por febre amarela

Secretariada Saúde enfatiza que a única forma de prevenção a vacina, disponível em todas as unidades de saúde do Paraná

Paraná confirma primeira morte por febre amarela

Secretaria de Estado da Saúde confirmou, no boletim epidemiológico desta quinta-feira (7), a primeira morte por febre amarela no Para­ná. Trata-se de um homem de 64 anos, trabalhador da zona rural de Morretes. Ele procurou atendimento ainda no Litoral, mas foi transferido de helicóptero para Curiti­ba, onde morreu. Ele não era vacinado. O local de prová­vel infecção ainda está sendo investigado.

A única forma de prevenção contra a febre amarela é a vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde de todos os municípios do Paraná. Desde janeiro já foram aplicadas 216.339 mil doses em todo o Estado.

O secretário da Saúde, Beto Preto, lembra que o mosquito transmissor do vírus da febre amarela entrou no Paraná pela mata atlântica do Vale do Ribeira, vindo do Estado de São Paulo, que registrou este ano 38 ca­sos, com nove mortes; no ano passado, foram 503 casos da doença, com 176 mortes no Estado vizinho. “O Para­ná está enfrentando a doença com muita determinação e trabalhando com transparência”, afirma o secretário.

Casos

Até o momento, a partir de janeiro, foram confirmados oito casos da doença no Paraná (incluindo a morte). Ain­da estão em investigação 62 notificações; e já foram des­cartados 129 casos. Os confirmados residem em Curitiba, Antonina, Morretes, Campina Grande do Sul e Adrianópo­lis. A maior parte foi contraída em Guaraqueçaba.

A imunização leva 10 dias para entrar em ação, por­tanto é recomendado o uso de repelente, mangas e cal­ças compridas, especialmente para quem está perto de matas, já que a febre é silvestre.

A vacinação é recomendada a pessoas entre 9 me­ses e 59 anos. Além dessa idade ou gestantes, lactentes e pessoas com doenças crônicas devem procurar orien­tação médica e apresentar receita para receber a vacina.

A morte de macacos, um importante sinal da circula­ção do vírus da febre amarela, está confirmada em dois municípios – Morretes e Antonina, que registrou o pri­meiro alerta da presença do vírus ainda em meados de janeiro. Em doze municípios há mortes de macacos sob investigação, mas em outros 15 não foi possível cole­tar amostras para enviar ao laboratório, portanto não se pode descartar a presença do vírus.

Em Campo Largo todas as Unidades Básicas de Saú­de estão aptas a realiza­rem a vacina, tanto nas urbanas, como nas rurais.

As aplicações aconte­cem de segunda-feira a sexta-feira, sempre das 8h30min às 16h30min, com rodízio de profissio­nais na hora do almoço.

Em seu comunicado, a Prefeitura de Campo Lar­go ressaltou que a vaci­nação deve ser feita em bebês a partir dos 9 me­ses de vida, até 59 anos - 11 meses e 29 dias.

Idosos e pessoas com bai­xa imunidade devem re­ceber a vacina de acordo com a indicação médica.

Sintomas

A febre amarela apresen­ta sintomas como febre, dores musculares, do­res de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, olhos, face e língua aver­melhadas, fotofobia (sen­sibilidade à luz), fadiga e fraqueza. Sua fase agu­da pode durar até quatro dias, quando os sintomas desaparecem. Algumas pessoas podem voltar a apresentar sintomas gra­ves, como retorno da fe­bre, icterícia, urina escura, dores abdominais e san­gramentos. Em todos os casos, o médico deve ser consultado.