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Opinião

O ministro Moro e as divergentes opiniões

Uma das grandes notícias do mês - e quiçá - do ano, foi o juiz federal, Sérgio Moro, ter aceito o convite do pre­sidente eleito Jair Bolsonaro, em atuar dentro de um dos seus ministérios, no caso o Minist

O ministro Moro e as divergentes opiniões

Uma das grandes notícias do mês - e quiçá - do ano, foi o juiz federal, Sérgio Moro, ter aceito o convite do pre­sidente eleito Jair Bolsonaro, em atuar dentro de um dos seus ministérios, no caso o Ministério da Justiça.

Independente da sua opinião sobre o posicionamen­to do juiz, que estampou milhares de páginas de jornais e revistas, e também na internet, após ter julgado figurões da política nacional e enviá-los para prisões federais, o que você não pode negar é que ele é um homem prepa­rado para assumir tal posição.

Moro é juiz federal desde 1996, e é especializado em combater crimes financeiros, já atuando em proces­sos como do Banestado e Mensalão.

O nome de Sérgio Moro também havia sido citado nas campanhas presidenciáveis pelo candidato Álvaro Dias, que se eleito, ofereceria a ele o mesmo cargo.

A causa do juiz Moro é justa. Na sua posição como ministro, ele buscará cessar com a corrupção que assola o país há décadas. Em entrevistas concedidas nesta se­mana, Moro disse que pretende resgatar as Dez Medidas contra a Corrupção e também implantar o uso do pacote de Transparência Internacional, com práticas atualizadas de combate a corrupção.

Além disso, ele pretende ainda propor a proibição de progressão para presos com relações com o crime orga­nizado, alteração nas regras de prescrição, atualização da lei sobre execução a partir da segunda instância, uso de policiais disfarçados em operações e uso de exames de DNA para investigação, entre outros.

Óbvio, há milhares de pessoas completamente insa­tisfeitas com essa nomeação, especialmente ligados ou apoiadores do Partido dos Trabalhadores. Para eles, essa seria a principal prova de que Sérgio Moro foi imparcial no julgamento que levou o ex-presidente Lula à prisão e oca­sionou a sua restrição a participação nas eleições deste ano. Inclusive, a defesa deles já apresentou um habbeas corpus com esta tese.

Sérgio Moro tem se destacado por apenas cumprir a lei, sem se deixar levar por nomes ou cargos que fo­ram ocupados por políticos e suas massas. Ele faz o que deve ser feito e pode ser, que nesta posição de ministro, consiga fazer muito mais pelo país. O governo de Jair Bolsonaro ainda não começou oficialmente, ainda é cedo demais para começar a já colocar defeitos ou empecilhos, ou gerar pânico em uma geração.

Cabe a nós, procurar saber e entender o trabalho que será realizado, sempre garantindo que a Constitui­ção Brasileira está sendo cumprida, incluindo todos os acentos e pingos nos ‘is’.