Quando o filho vai ou não começar a falar acaba sendo sempre uma preocupação dos pais. Segundo a fonoaudióloga Larissa Vianna, a família tem um papel fundamental para o desenvolvimento da linguagem na inf&ac
Quando o filho vai ou não começar a falar acaba sendo sempre uma preocupação dos pais. Segundo a fonoaudióloga Larissa Vianna, a família tem um papel fundamental para o desenvolvimento da linguagem na infância e é muito importante estimular desde cedo. Ela ainda afirma que os pais devem estar atentos aos marcos do desenvolvimento, pois podem indicar alguns problemas.
Marcos do desenvolvimento
Larissa explica que já nos primeiros meses de vida, entre 2 e 3 meses, os bebês começam a emitir sons guturais (relativos à garganta) como “GRR”, “AAA”. Por volta de 4 a 7 meses começam a balbuciar, emitindo sílabas como “mama”, “papa”. Mas ela ressalta que “cada criança é única e tem o seu tempo, o desenvolvimento da linguagem oral é um processo lento e gradual e, pode haver bastante variação”.
As primeiras palavras mais significativas, tão esperadas, começam a aparecer entre os 8 e 12 meses de vida. Dessa fase até os 18 meses a criança já consegue unir duas palavras e o vocabulário dela passa a ter de dez a 50 palavras.
Aos 2 anos as crianças já produzem frases curtas, com três ou quatro palavras, e o vocabulário, segundo Larissa, fica entre 150 e 300 palavras. No ano seguinte já começa a compreender bem o que ouve e tem um vocabulário de até 300 palavras.
Todos os sons da fala já devem ser pronunciados aos 5 anos e o vocabulário aumenta muito, sendo capazes de dizer até mais de 1.700 palavras.
Possíveis causas no atraso da fala
A fonoaudióloga cita algumas possíveis causas no atraso do desenvolvimento da fala. A falta de estímulos adequados pode ser um dos fatores, como no caso de crianças que ficam muito tempo ligadas aos eletrônicos ou quando pais e responsáveis acabam não conversando e interagindo com seus bebês.
Ela detalha que a dificuldade auditiva pode ser um dos motivos. “Por isso, durante esses primeiros meses de vida, é importante ficar atento às reações que a criança tem aos sons, pois o desenvolvimento da linguagem depende de um bom funcionamento do sistema auditivo. É a partir do que ouve das pessoas que estão ao seu redor que aprende os sons das palavras e vai estruturando a sua linguagem.” Limitações cognitivas e o autismo também podem prejudicar a linguagem da criança.
A fonoaudióloga destaca que o desenvolvimento de cada criança é muito particular e as idades são usadas como referências em estudo, sendo assim importante os pais observarem os filhos e se caso o bebê/criança apresentar alguma dificuldade no processo da aquisição da linguagem oral é indicado procurar ajuda de um profissional para avaliação.
Como estimular
“Conversar constantemente com o bebê, gesticular bastante e ler histórias são importantes para estimular a fala, sempre pronunciando as palavras de forma correta. Frases curtas e simples, com articulação exagerada, facilitam no entendimento das palavras e dos sons que a compõem, ajudando no desenvolvimento da linguagem”, frisa a fonoaudióloga.
Também valem as brincadeiras, imitação dos sons dos animais e músicas. Além disso, a nomeação de ações e objetos amplia o vocabulário da criança.