Tudo bem, sabemos que a frase de um dos maiores clássicos da Literatura Mundial, Pequeno Príncipe, de Saint­-Exupéry, é um pouco diferente, mas logo vamos explicar o sentido dessa frase.

Na última semana, todos nós ficamos surpresos e bastante tristes pelo acidente que acabou vitimando quatro mulheres que estavam em um ponto de ônibus na Linha Verde, em Curitiba. Eram pessoas, amadas por suas famílias, aguarda­das para chegar em casa após um intenso dia de trabalho. Alguns familiares ficaram sabendo da morte das vítimas pelo Whatsapp, por meio de fotos e vídeos expondo os mesmos.   

Hoje, o Whatsapp é uma ferramenta de trabalho para inúmeras profissões, inclusive para o Jornalismo é muito utilizada. Entretanto, nós, profissionais da Comunicação, procuramos utilizar essa ferramenta seguindo os princípios éticos que nos guiam. Isso inclui em não repassar fotos e vídeos contendo pessoas mortas ou em situações delicadas, porque uma vez que a mensagem é encaminhada, você nun­ca sabe onde ela vai parar.

Algo que muitos não analisam antes de compartilhar algo nesses momentos é: esses familiares também têm o Whatsapp. Nesta semana, uma mulher descobriu que a sua familiar estava praticamente morta por um vídeo de What­sapp. Você já imaginou a dor e o desespero em ver aquela cena pela tela do celular? Saiba que se você repassou, em parte você é responsável por isso também.

Mas onde entra a frase do brilhante francês Saint-Exu­péry? Exatamente em três grandes lições passadas pela sua obra. Hoje o mundo anda na base da competitividade, das aparências, sem perceber que “o essencial é invisível aos olhos”. A competitividade também está em querer mostrar primeiro, e “vai por mim”, não adianta querer falar primeiro e falar errado, ou de uma forma que vá machucar alguém. Pense no seu próximo.

Antes de cobrar uma postura de alguém, lembre-se de como você age frente a essa situação. Você repassa também? Procure apagar esse tipo de imagem e vídeo do seu celular e não repassá-las. Não existe necessidade. A última é pensar naquelas pessoas que estão ali, tendo uma situação constran­gedora, desesperadora exposta. Não é a primeira vez que fala­mos isso, mas a empatia é a chave que move a vida.

Tenha em mente que você é eternamente responsável por tudo aquilo que você mesmo guarda ou decide espalhar.