Quem tem acesso às redes sociais pode ter se espantado durante essa semana ao se deparar com um vídeo, no qual aproximadamente sete brasileiros estão com uma moça russa e se aproveitam do fato dela não saber falar português, para proferir em alto e bom som ‘palavrões’, que acabam de alguma forma denegrindo a imagem dela.
Pode-se dizer que as opiniões se dividiram, alguns dizendo que aquilo foi apenas uma brincadeira, outros dizendo que era o mais puro machismo, mas o fato é que o mundo clama por respeito, independente de onde você estiver e qual a posição você ocupa na sociedade onde está inserido.
Alguns veículos de comunicação também utilizaram essa temática para abordar essa necessidade de respeitar o próximo. Muitas pessoas falaram que os rapazes que aparecem no vídeo deveriam ter pensado em ‘suas mães, filhas, esposas’ que poderiam estar naquela situação, mas a empatia deve ser muito maior do que isso. Ela deve ser repassada a todo e qualquer ser vivo, independente dele participar do seu círculo afetivo ou não.
O respeito é a maior premissa da humanidade, a partir dele é que conseguimos tornar a sociedade mais justa, igualitária e honesta. Isso é um exercício diário, que deve ser realizado desde a infância, mas ensinado principalmente por meio do exemplo.
Como ensinar uma criança a respeitar os mais velhos, se eu não vou visitar meus pais, avós, tios, não os ajudo quando estão precisando de mim? Como vou ensinar a respeitar a natureza, se não separo o lixo, esbanjo água e jogo lixo pela janela do carro? Como eu vou falar sobre desonestidade, se eu não respeito regras básicas de convivência e pretendo levar vantagem em várias coisas? Como ensinar a respeitar as mulheres, se faço piadas que acabam denegrindo as mesmas? O respeito começa por mim, tanto eu, comigo mesmo, quanto com o outro.
O fato é que somos o espelho da sociedade que vivemos. Você pode ser cristão, mulçumano, indu, budista, candomblé, umbandista ou até mesmo ateu, porém a sua base de vida sempre será no respeito ao próximo, uma característica que está se perdendo aos poucos e que está nos levando à ruina.
Precisamos parar e analisar o quanto estamos nos tornando individualistas e parando de pensar no nosso próximo. Ainda há tempo de mudar, basta querer. Como diziam as pessoas mais antigas, as crianças são como uma “esponja”, absorvem tudo o que você faz e fala. Se absorverem coisas boas, nossa sociedade tende a caminhar de forma mais positiva e assim teremos pessoas melhores, profissionais melhores, políticos melhores, que se preocupam com o outro também e não apenas com o seu próprio benefício. Pode demorar, mas temos fé que isso irá acontecer.