Chegou a época tão aguardada, em que as pessoas fazem planos, estabelecem metas, se motivam a fazer mais, a sair do próprio mundo para ir além. Data que traz mais emoção, reflexão, traz à tona a saudade, o espírito solidário muitas vezes deixado de lado durante o ano. É uma oportunidade de sermos pessoas melhores, de ver o que está à nossa volta e agradecer a tudo conquistado, principalmente os relacionamentos fortalecidos, o amor e respeito às pessoas.
E mais um ano que se passa tão rápido e se torna clichê falar, mas já é Natal de novo. E o que fizemos do nosso ano? O que estamos fazendo da nossa vida? O que estamos fazendo hoje para vivermos o amanhã? Com que qualidade, com que intensidade? Talvez estejamos perdendo nosso precioso tempo com coisas pequenas que nos impedem de buscar nossa felicidade, nossos dias de paz.
O poeta Braulio Bessa nos faz refletir com seu poema ‘Nunca é tarde’, quando diz que “o tempo se escorrega despretensiosamente, mas que dá tempo de ser feliz, pois nunca é tarde para nós... Nunca é tarde pra viver e aprender com a vida. Pra perceber que nem sempre a estrada será florida. E que sempre há uma cura pra pior ferida. Nunca é tarde pro rancor se transformar em perdão. Pra perceber que nem sempre você tem toda razão. Pra sentir mais com a mente e pensar com o coração. Nunca é tarde pra ser bom quando a maldade chegar. Nunca é tarde pra sorrir quando a lágrima rolar. Nunca é tarde pra ser forte quando o corpo fraquejar.”
Reclamar dos problemas que temos – pois todos têm – não faz a situação mudar, apenas faz deixarmos de viver, de olharmos a vida de outra maneira. Ao escolhermos crianças para a capa do nosso especial, escolhemos apresentar ao leitor a esperança, a inocência, a pureza, a paz. E ela pode estar viva dentro de cada um de nós, se tirarmos o peso dos traumas, das tristezas e levar isso apenas como um aprendizado, como quando a criança quando cai, limpa o joelho e segue em frente.
Crianças são nossa luz, como o nascimento do menino Jesus nesta data tão comemorada e que a mensagem deve ficar além dos presentes trocados. É tempo de fazer diferente. Ainda nas palavras de Bessa, “nunca é tarde pra ser grato por nunca faltar o pão. E aprender a dividi-lo com quem não tem um tostão. Nunca é tarde pra sonhar em algo quase impossível Entender que a esperança nem sempre será visível. Nunca é tarde para o fraco se tornar um imbatível. Imbatível como o tempo, que todo dia avisa que a conta que ele faz quase sempre é imprecisa e até a calculadora não sabe e fica indecisa. A conta de quando a peça da vida sai de cartaz, onde o ator principal é você e ninguém mais. O tempo é um segredo e acredito: é muito cedo pra dizer tarde demais”.
Capa
Agradecemos à fotógrafa Manu Mussatto que registrou este lindo momento das irmãs Isadora e Helena, filhas de Tassia Maitê da Silva Chiesa e Ricardo de Oliveira Chiesa, a quem também agradecemos pela colaboração.