Não é à toa que cada vez menos pessoas estão optando por seguir carreira como professor. Uma classe que está sendo pouco reconhecida e mais desrespeitada em seu ambiente de trabalho. Não são poucas as queixas dos professores em sala de aula, de alunos que não entendem a importância deste profissional e algumas vezes até o veem como inimigos, alguém que querem desafiar o tempo todo.
Além disso, a maioria tem salários baixos e são pouco valorizados, diante da importância que têm para podermos criar um mundo melhor, cidadãos de verdade e torná-los pessoas mais capacitadas para o mercado de trabalho. Em muitos locais, as condições de estrutura das escolas também são muito precárias e os professores veem de perto o pouco investimento na Educação.
No último dia 15 foi comemorado o Dia do Professor. Mas o que comemorar quando vemos tantas notícias ruins, até mesmo casos de agressão a eles. Segundo levantamento do Todos Pela Educação, a cada 100 jovens que ingressam nos cursos de Pedagogia e Licenciatura no Brasil, apenas 51 saem formados. Dos que concluem, poucos seguem a carreira. A preparação para formar professores muitas vezes também é deficitária, porque eles não têm noção da atual realidade que vão encontrar e não sabem como lidar com essa situação. Ainda precisam estar além do tempo, porque as crianças não têm mais paciência de ouvir.
Com uma realidade pouco atrativa e de ser constante o desrespeito a esse profissional é que essa proporção deve ser ainda maior daqui alguns anos. No Colégio Sagrada Família, onde se abriu vagas no início desta semana para o Curso de Formação de Docentes e Técnico em Enfermagem, já foram ouvidos comentários que era muito maior a procura por Enfermagem.
Mas como faremos em um futuro breve, sendo que todos nós dependemos destes profissionais, que eles sejam qualificados para ensinar as próximas gerações? Também não poderão ser aceitos qualquer profissional, porque eles são os exemplos, precisam ensinar corretamente uma geração de crianças que já não sabe escrever corretamente, devido aos vícios da internet. Crianças que não são estimuladas pelos próprios pais a ter raciocínio lógico porque tudo vem de maneira muito fácil.
Os professores, em muitos casos, ainda precisam ser pai e mãe, uma responsabilidade que não cabe a eles, mas que são fortemente cobrados. Isso porque cada vez mais os pais têm menos tempo para os filhos e alguém precisa fazer alguma coisa. Não têm a educação básica, que deve vir de casa. É triste, é desesperador. E isso é em massa, não são casos isolados, infelizmente.