Sabado às 23 de Novembro de 2024 às 10:25:08
Opinião

Violência volta a assustar a população de Campo Largo

 A Polícia não tem condições de fazer o seu trabalho. Muitas vezes não tem recursos sequer para o combustível, não tem material humano suficiente para dar, ao cidadão, no mínimo, ma

Violência volta a assustar a população de Campo Largo

A semana anterior foi fria e violenta, e deixou marcas na cidade. Dois casos extremos, um acidente vitimando uma criança, na BR-277, e o assassinato de um motorista do Uber, causaram comoção e revolta, porque não têm explicação. São acontecimentos nos quais nós, os cidadãos, não conseguimos enxergar motivos, explicações. No caso do acidente da criança, pela violência, numa pista bem sinalizada, reta, só o acaso pode explicar.

Uma série de fatores podem ter contribuído para a tragédia que praticamente destruiu a família do caminhoneiro; falta de fiscalização de velocidade na rodovia, falta de redutores de velocidade, falta de humanidade de motoristas que agem como se fossem donos da estrada, fecham criminosamente os outros veículos e desaparecem como apareceram, sem serem identificados. Possivelmente esse caminhoneiro, e sua família, tenham sido vítimas de um deles.

Passada a tragédia na estrada, outro assunto que dominou as redes sociais de Campo Largo foi o frio. No dia mais frio do ano, os termômetros marcaram temperaturas abaixo de zero. Nas áreas de periferia da cidade, nos campos com cultura de hortaliças, os prejuízos foram enormes. Quem não protegeu seus cultivos com lonas plásticas, palhas e outros artifícios, perdeu muito.

A semana terminou com menos frio, mas com o horror estampado nos textos dos campo-larguenses nas redes sociais. O assassinato de um motorista do Uber chamou a atenção para a falta de segurança na cidade. O crime, que muitas vezes transborda de Curitiba e de outros municípios da Região Metropolitana, faz de Campo Largo mais uma cidade com medo. Falta efetivo para as polícias Civil e Militar, falta efetivo para a Guarda Municipal, não temos, ainda, um sistema de monitoramento por câmeras de segurança. O cidadão, muitas vezes, não tem para quem pedir socorro.

É claro que um crime desta envergadura, um latrocínio, nunca se pode prever, saber se vai e onde vai acontecer, mas várias ações policiais podem contribuir para inibir os assaltantes e fazê-los pensar duas vezes, e talvez até mesmo desistir de cometer tal atrocidade. Trata-se, simplesmente, de colocar mais Polícia nas ruas, ostensivamente, nas principais entradas da cidade, com equipes sempre alertas contra a presença de pessoas suspeitas. Hoje o cidadão atravessa a cidade, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, de dia ou à noite e não encontra uma viatura sequer. A Polícia não tem condições de fazer o seu trabalho. Muitas vezes não tem recursos sequer para o combustível, não tem material humano suficiente para dar, ao cidadão, no mínimo, maior sensação de segurança.