Crescem as reclamações no atendimento na Unidade de Saúde do Centro de Campo Largo. A população reclama que lá não tem especialistas, não fazem pré-natal, falta remédio, não faz ecografia e até quando fazem exames, o resultado não sai. A Reportagem da Folha procurou a Secretaria Municipal de Saúde, para ver o que está acontecendo. A secretária Christiane Chemin disse que a Unidade do Centro não é UPA - Unidade de Pronto Atendimento, que lá não se realizam atendimentos de especialidades.
“A Unidade de Saúde do Centro é de Atenção Básica, temos lá médicos do PSF – Programa Saúde da Família, duas equipes e mais três médicos, também clínicos gerais, além de oito alunos da Universidade Positivo fazendo atendimento e mais uma Pediatra. Há problemas com exames, porque o laboratório contratado não está realizando o trabalho a contento. Já fizemos uma advertência verbal e a próxima será por escrito”, explicou ela.
PSF
Christiane Chemin disse que as equipes de PSF estão realizando um ótimo trabalho, na área da Unidade de Saúde do Centro, e que lá a Pediatria também está bem avaliada, além do atendimento ao idoso, só não tem especialistas, porque a unidade não é para ter especialista.
Sobre o atendimento às gestantes, a secretária disse que “as gestantes de risco são encaminhadas para o Hospital do Rocio e as sem indicação de risco para o Hospital São Lucas. Lá, nos hospitais, são efetuados todos os exames necessários, inclusive ecografia. A questão da ecografia para os demais pacientes, nós estamos com dificuldades com o equipamento e com a falta de um profissional, mas o reparo já está sendo providenciado e o profissional será remanejado para a Unidade”.
Quanto à falta de medicamentos, Christiane disse que a questão da Sinvastatina (medicamento para colesterol), a empresa fornecedora informou que a indústria não tem material (insumos) disponível no mercado, está em falta e o fornecimento é precário, mas a Secretaria está trabalhando para manter o fornecimento à altura da demanda.
Sobre os gastos com Saúde Pública, em Campo Largo, Christiane disse que em 2015 o Município investiu R$ 2,5 milhões e em 2016, R$ 2,4 milhões. “Em 2017, já investimos R$ 2,4 milhões e estamos apenas na metade do ano. Disse que só com quatro pacientes, por força de ação judicial, o município está gastando perto de R$ 500 mil por ano. Lembrou que a Unidade de Saúde do Centro tem uma população cadastrada, ativa, de 32 mil pacientes e que o crescimento dessa população é exponencial, chegando a mais de 20% ao ano, com cerca de seis a sete prontuários novos, por dia.
Mudanças
A secretária da Saúde disse que toda a estrutura de Saúde, de Campo Largo, será mudada, a partir dos próximos meses. Onde está funcionando a Unidade de Saúde do Centro, o prédio será reformado e ampliado a partir de janeiro de 2018. A partir do final de 2018, vai funcionar como UPA – Unidade de Pronto Atendimento. Todos os equipamentos e estrutura que hoje estão no Centro Médico (que será desativado), serão transferidos para a UPA. O prédio do Centro Médico também será reformado e lá funcionará o NIS III, uma unidade de especialidades. No local onde hoje funciona o NIS III, funcionará a Unidade de Saúde do Centro.
O Centro Médico, segundo a secretária, tem atendido, nos últimos dias, centenas de casos de crianças e idosos, principalmente, com gripe, provável reflexo da baixa procura pela vacinação, esse ano. Ela lembrou que no prédio onde hoje está o Centro Médico, além de especialidades, será instalado um laboratório de Fisioterapia e continuará com equipamento de Raio X. Disse que no antigo prédio da Unidade de Saúde do Centro, vai funcionar a Farmácia Municipal, ainda em 2017 e que no prédio onde funcionava a Casa Lar Santa Rita de Cassia, na entrada do Parque Newton Puppi, vai funcionar uma Unidade de Saúde da Mulher e da Criança.