A constante reclamação de usuários sobre a falta de medicamentos nos postos de saúde de Campo Largo, inclusive no Centro Médico, levou a Reportagem da Folha de Campo Largo à Secretaria Municipal de Saúde, para ver o que estava acontecendo. A secretária Christiane Chemin confirmou que faltaram medicamentos importantes, no início do ano, mas que, atualmente, quase todos os remédios já estão disponíveis.
Junto com o coordenador da Central de Medicamentos, Carlos Rocha, a secretária explicou que apenas dois remédios, para tratamento de problemas cardíacos, estão em falta, porque a empresa fornecedora não tem disponibilidade, não há disponibilidade no mercado. Trata-se, segundo ela, do Sinvastatina e o Carvidilo 12,5mg. “Temos o Carvidilol 6,25mg, que estamos fornecendo no lugar do 12,5mg, só que em dose dupla”, explicou ela.
Matéria-prima
Christiane Chemin adiantou, ainda, que muitos dos medicamentos que faltaram nos postos de saúde e no Centro Médico foram por falta de matéria-prima no mercado, mas que já recebeu a garantia da empresa fornecedora que na próxima terça-feira (13) todo o estoque estará reposto. “Tivemos falta de medicamentos desde o início do ano. Também a demanda cresceu muito, mais de 50%, e faltou até Paracetamol”, por um dia, explicou ela, adiantando que a população tem razão em reclamar, mas que tudo o que é possível fazer está sendo feito para resolver o problema.
Sobre a questão da demanda, a secretária explicou que todos os postos de saúde e o Centro Médico são abastecidos na sexta-feira e, no Centro Médico, pela alta demanda, em alguns fins de semana faltou medicamento, mas na segunda-feira os estoques foram repostos. Disse, ainda, que os recursos gastos com medicamentos, para seis meses, estavam previstos em R$ 1,8 milhão, mas todo o medicamento adquirido com esse montante foram consumidos em apenas quatro meses. “A falta de remédio era muito grande, a demanda estava reprimida”, explicou ela.
Há ainda, uma questão com a qual a secretária Municipal de Saúde está muito preocupada. Existem, segundo ela, algumas ações na Justiça, obrigando a Prefeitura Municipal a fornecer para quatro pacientes um curativo especial muito caro. Para obedecer a decisão judicial e fornecer esses curativos, o Município já gastou R$ 500 mil, só esse ano. “É muito dinheiro. Nós estamos questionando na Justiça essa situação. Não pode o Município ser responsável por uma despesa nesse nível. Vamos acionar o Estado e a União, para que a situação seja resolvida”, explicou ela.