Problemas encontrados no início de gestão foram abordados pelo prefeito Marcelo Puppi durante a reunião da diretoria da Acicla na manhã de quinta-feira (16).

“O mais difícil é domar um bicho indomável chamado governo”, afirmou o prefeito, citando diversos desafios, como corte de gastos - mas continuar investindo -, a folha de pagamento que chega a quase 54% do orçamento do Município, problema de cargos sem função, profissionais em desvio de função; falta de planejamento, de fluxograma e organograma eficiente dentro da Prefeitura.

O prefeito citou situações em que ele revela ficar espantado, como gasto anual de dois milhões e 500 mil reais em oficina mecânica e gasto milionário também em óleos lubrificantes e pneus. Ele enfatiza que tudo está sendo analisado e precisa ser corrigido para que a casa comece a funcionar adequadamente.

Em abril ou maio saberá afirmar como realmente estão as contas da Prefeitura. Até lá quer readequar os profissionais, cargos, funções e salários. Existem problemas, segundo ele relata, em que há estruturas que não estão inseridas em nenhuma secretaria, em nenhum processo administrativo. Detalha com o exemplo da rodoviária, para a qual não se há projeto de melhoria e nenhuma pasta específica que se responsabilize. Por isso é preciso de uma reforma administrativa.

O presidente da Acicla, Juliano Toppel, aproveitou a ocasião para dar andamento aos assuntos ligados à parceria com o Sebrae para criar um Plano de Desenvolvimento Econômico com base no Campo Largo 2030, para desenvolver micro e grandes empresas. A consultoria do Sebrae será custeada pela Prefeitura, mas Marcelo ressaltou que estão sendo verificadas questões como necessidade de inexigibilidade de licitação.

Segurança, a revitalização da BR277, busca de recursos, necessidade de desenvolvimento de projetos, questões ambientais, a extensão da Av. Vereador Arlindo Chemin e necessidade de um engenheiro de trânsito no Município foram questões discutidas durante a reunião.

Quanto ao investimento do Alphaville na região de Ferraria, Marcelo destacou que será cerca de R$ 250 milhões e vai desenvolver muito a região, sendo um grande momento para Campo Largo. Ele frisa a importância dos investimentos para que a cidade seja como uma extensão de Curitiba quando se trata de desenvolvimento, porque se não cuidar da cidade ela pode ser vista como o subúrbio da periferia da capital.