20/12/2016
A proximidade das festas de Natal e Ano Novo trazem, também, mais insegurança para a população. Muita gente nas ruas, comércio vendendo bem, mais dinheiro circulando e, consequentemente, mais criminosos procurando se dar bem, em furtos e roubos cada vez mais ousados.
O recente episódio no qual uma jovem assaltante, armada com uma faca, invadiu uma panificadora na Avenida Padre Natal Pigatto, é um exemplo da insegurança e da loucura na qual vivemos. Parece não haver mais limites, que tudo é normal e que vale tudo para se conseguir dinheiro, a qualquer custo, muitas vezes para comprar a próxima dose de drogas. Sim, porque na quase totalidade dos assaltos a pequenos comércios, no centro da cidade e nos bairros, estão jovens viciados em drogas.
O vídeo mostrando a ação da assaltante, divulgado nas redes sociais, destaca o perigo da reação, porque a vítima põe em risco sua própria vida. E mostra, também, a ação rápida de um policial militar que, naquele momento chegava na panificadora, percebeu que se tratava de um assalto, sacou sua arma e dominou a jovem suspeita, prendedo-a em flagrante.
Nesse caso a vítima sofreu apenas ferimentos, sem risco de morte. Já noticiamos aqui casos mais graves, que mostram os perigos da reação em assaltos. Vivemos um período de muita insegurança. As forças públicas de segurança, sem os necessários investimentos em pessoal e equipamentos, não estão à altura das necessidades atuais da população. O número de jovens envolvidos no crime, pelo vício, tem aumentado consideravelmente, enquanto o efetivo policial permanece inaltarado há mais de 25 anos.
Na semana passada, empresários da cidade, preocupados com a defasagem da nossa força policial, arrecadaram recursos para aquisição de uma arma de longo alcance, para equipar a Cia., local da Polícia Militar. Em outra ação, adquiriram uma câmera de monitoramento, já instalada na nossa principal rua do comércio, a XV de Novembro, para melhorar os níveis de segurança naquela área central. São ações importantes, nas quais a sociedade organizada chama para si a responsabilidade, ao enxergar a fragilidade do Estado, a quem a Consituição Federal determina que promova a segurança do cidadão. Estas ações vão resolver o problema da criminalidade na nossa cidade? Talvez não, mas vão permitir que pelo menos tenhamos algumas ferramentas a mais, para inibir a ação daqueles que não estão muito preocupados, porque sabem que as forças de segurança estão em desvantagem, devido à crise econômica que o País enfrenta.