Direção defensiva é obrigatória para evitar acidentes de trânsito. Instrutor dá orientações e fala da importância da experiência e atenção principalmente ao transitar e
05/10/2016
Colaboração de Caroline Paulart com supervisão de Danielli Artigas
No último dia 26, os campo-larguenses ficaram impressionados com o acidente envolvendo um carro e um caminhão no km 108 da BR 277 - sentido Curitiba, ainda nas primeiras horas da manhã. Ainda que aquele acidente, em específico, faça parte do grupo de acidentes inevitáveis, é sempre bom discutir a importância da direção defensiva quando está no volante, especialmente em uma rodovia, onde os veículos trafegam em alta velocidade.
Luiz Alberto Milano, instrutor teórico-prático da Auto Escola Campo Largo, diz que praticar a direção defensiva é imprescindível para qualquer motorista. “Por direção defensiva entendemos que o motorista irá adotar medidas práticas para evitar acidentes. Dentro dela, encontramos alguns conceitos como o conhecimento, a previsão, atenção, decisão, ação e habilidade.”
A habilidade, segundo o instrutor, é de extrema importância quando o motorista está dirigindo em velocidade mais alta. “É sempre recomendável que o motorista que vai conduzir um automóvel em uma rodovia já apresente certa experiência ao volante, pois com essa experiência, todos aqueles itens citados anteriormente já serão naturalmente mais desenvolvidos se comparado aos condutores que acabaram de receber a carteira de habilitação”, diz.
Além disso, a falta de atenção ao volante também é um causador bastante frequente de acidentes. De acordo com o Dpvat (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), cerca de 1,3 milhões de pessoas morrem no trânsito pelo uso irresponsável de aparelhos celulares ao volante. “Usar o celular é um dos maiores erros que as pessoas cometem. Também tira a atenção do motorista o rádio (tanto o de música como o rádio PX/amador), e o GPS”, conta o instrutor. “Muitas pessoas não sabem, mas o uso do GPS só é permitido se a tela não estiver direcionada para aquele que conduz, mas sim para o passageiro”, orienta. Também podem reduzir o nível de atenção do motorista o uso de determinados medicamentos, bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas.
As crianças no banco de trás do veículo também podem tirar a atenção do motorista. “É de extrema importância colocá-las no bebê conforto, na cadeirinha, assento de elevação, de acordo com o tamanho e idade da criança. Antes de sair, os pais podem ter uma conversa com os maiores, para evitar estresse durante a viagem, ou, para os menores, sempre ter um adulto no banco de trás para atender eventuais emergências”, recomenda Luiz.
Em algumas ocasiões é importante que o motorista fique ainda mais atento ao volante. “Em dias de chuva, não é recomendado dirigir colado ao carro da frente ou ligar o alerta. É importante atenção com poças de água, e fazer com frequência a manutenção do veículo, trocando pneus carecas”, diz. O ponto cego e a má infraestrutura da rodovia também podem causar acidentes, portanto, é sempre importante olhar várias vezes para ter segurança que pode trocar de faixa, realizar ultrapassagens ou atravessar a pista.
O que fazer em caso de acidentes
Os acidentes são divididos em evitáveis e inevitáveis. Os evitáveis são aqueles que poderiam ser evitados pelo motorista, como deixar de fazer a manutenção do veículo ou dirigir de maneira ofensiva, realizando manobras arriscadas. “Os inevitáveis são aqueles que, apesar do cuidado do motorista, não há como escapar, que foi o caso do acidente nesta semana. Nestes casos, especificamente quando estiver na rodovia, é importante criar um túnel de fuga, direcionando o veículo para o acostamento e mantendo as mãos firmes no volante. Não deve frear bruscamente, pois o pneu trava e o carro continua deslizando no asfalto”, orienta o instrutor.
Quem presenciar um acidente, de acordo com o Art. 177 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB) é dever chamar o socorro especializado e fazer as primeiras sinalizações, para evitar que mais acidentes ocorram. Nestes casos, o atendimento é feito pelo Samu, no telefone 192.