05/07/2016

Durante essa época do ano é muito comum o registro de doenças respiratórias simples, como gripes e resfriados, mas vale o alerta que uma doença como essa, se mal curada, pode agravar, resultando em pneumonia, uma doença de alto risco que pode levar à morte. Em abril deste ano foram realizados 4.074 internamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Paraná por causa da pneumonia, onde 250 pessoas foram a óbito.

O médico pneumologista Marcelo Kuzmicz explica que a doença é uma infecção no inferior dos pulmões que pode ser evitada. “É preciso imunizar com vacinação contra a gripe e antipneumocócica – que é receitada pelo médico em alguns casos – para prevenir. É necessário também dar prioridade a crianças pequenas e adultos com mais de 60 anos, pois eles fazem parte do grupo de risco”.

Existem duas vacinas que ajudam a prevenir a doença. A Pneumocócica 10 é aplicada em crianças de 02, 04 e 12 meses e é ofertada na rede pública, prevista no calendário de vacinação. Pessoas com mais de 60 anos ou acima de 02 anos portadoras de doenças crônicas recebem a vacina Pneumocócica 23, com reforço a cada cinco anos ou de acordo com a recomedação do médico.

O especialista recomenda ficar atento aos sintomas. “Os sintomas são de problemas respiratórios associados a tosse intensa, dor torácica e dificuldade para respirar, cansaço e febre alta. O médico irá avaliar e pedir exames de raio-x”, orienta. Ao receber os exames, o médico irá avaliar se o paciente poderá seguir o tratamento com antibióticos em casa ou será necessária uma internação. Geralmente são internadas pessoas com saúde já debilitada por doenças crônicas ou pertencentes a grupos de risco, ou seja, crianças e idosos.

Por se tratar de uma doença respiratória, a pneumonia é transmissível. Geralmente é causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que já está na infecção de garganta. Na aspiração da bactéria acontece a instalação dela no pulmão e consequentemente a pneumonia. Existe também a pneumonia viral, que está presente no ar e pode causar dores de ouvido e infecções na garganta em pessoas próximas a infectada.

É importante manter a casa arejada e os hábitos de higiene comuns à gripe, quando houver alguém contaminado próximo. É importante manter bons hábitos de alimentação, já que os nutrientes auxiliam na imunidade para combater a doença.

O tratamento dura em média um mês. “Na primeira semana o paciente para de ter febre alta e as dores diminuem. Nas próximas semanas ele pode apresentar fraqueza resultante da reação dos remédios. É recomendado o repouso durante o tratamento, caso o paciente fique em casa”, explica o doutor Marcelo.

Óbito
As situações de óbito podem ocorrer em três casos. “Geralmente vão a óbito pacientes que apresentam três quadros. O primeiro depende da agressividade do germe contraído, muitas vezes ele é mais difícil de tratar. Segundo caso é quando o paciente já possuía doenças como diabetes, problemas no coração, problemas respiratórios; ser criança ou ter idade avançada também é um agravante. O terceiro caso é o diagnóstico tardio, por isso é importante procurar um médico assim que aparecerem os primeiros sintomas, pois há mais tempo para um diagnóstico e tratamento correto”, recomenda.