Alimentos apimentados trazem benefícios à saúde e longevidade. Nutricionista conta que além da pimenta possuir vitaminas A, B e C, ela ainda contém função estimuladora.
29/06/2016
Um estudo recente realizado pela Chinese Academy of Medical Science mostrou que o consumo frequente de alimentos apimentados, pimentões e pimentas frescas, secas, em conserva ou molhos, estão relacionados a uma maior expectativa de vida. Apesar de ser difícil comprovar a longevidade
através da alimentação, há alimentos que, se consumidos com maior frequência, resultarão em uma vida mais saudável e longa, como o que já acontece sobre o consumo de peixes, castanhas, grãos integrais, legumes e verduras. O alimento da vez é a pimenta.
A nutricionista Sinara Marqueze Ribas explica que a responsável pela atribuição dessa característica à pimenta é a Capsaicina, um composto fitoquímico presente nas pimentas chili. “Ela tem a capacidade de diminuir a quantidade de radicais livres no organismo, por influenciar na formação de moléculas
pró-inflamatórias. A pimenta, através deste fitoquímico, possui a capacidade de combater os radicais livres produzidos no organismo pelo stress, poluição e má alimentação”.
Sinara conta que além da pimenta possuir vitaminas A, B e C, ela ainda contém função estimuladora. “Atua no sistema nervoso central estimulando o estado de alerta, reduzindo a fadiga muscular e incentivando o gasto de energia durante a atividade física. Estudos mostram também benefícios
para evitar depressão, por atuar na liberação de adrenalina e noradrenalina, aumentando assim a sensação de bem-estar”, esclarece. Por isso, ela é uma boa alternativa para aqueles que querem
perder peso. “Por ter esse efeito termogênico, é importante na perda de peso, sempre aliando a atividade física e respeitando a sua individualidade”, orienta.
A pimenta, quando consumida fresca, é mais vantajosa por manter todas as vitaminas, mas pode ser servida como geleias, moída para salpicar na finalização de receitas, molhos - o que suaviza o picante -, conservas, desidratada, porém assim perdendo um pouco do seu valor nutricional. A nutricionista adverte, porém, que deve haver cuidado na hora de consumir a pimenta, pois há pessoas que podem desencadear uma reação alérgica. “Não existe uma recomendação exata do uso da pimenta, pois é
importante ressaltar que a quantidade e frequência do uso da pimenta deverão ser conforme a individualidade bioquímica do paciente”.
Mais tempero
Há outros temperos que merecem estar presentes na maioria das refeições, que podem servir de catalizadores para a absorção de nutrientes e ajudar na manutenção da saúde do organismo. “O alho possui várias propriedades antioxidantes. Ele melhora a função imune e previne doença cardiovascular,
o câncer e melhora a circulação. A cúrcuma longa tem efeito antioxidante e reduz fibrinogênio plasmático. O alecrim possui ação antifúngica, anticarcinogênica, anti-inflamatória e antioxidante. E também o gengibre, que é detoxificante e também possui efeito anticarcinogênico, antioxidante”, recomenda a nutricionista.