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Opinião

Aedes aegypti pode ser trazido por caminhões

Aedes aegypti pode ser trazido por caminhões

19/01/2016

A BR-277, que corta Campo Largo de Leste a Oeste, é a principal porta de entrada na cidade do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zica Virus. Mesmo com todo o cuidado que a Administração Municipal tem com esse tema, com a constante fiscalização por equipes, ao longo do trecho urbano da rodovia, ninguém pode se descuidar, porque qualquer descuido pode ser a diferença em registrarmos, ou não, algumas dessas doenças no Município.
É preciso que toda a população fique alerta e observe os cuidados destacados pelas autoridades, para que os terrenos sejam vistoriados pelo menos uma vez por semana, para se eliminar possíveis focos do inseto. Basta uma tampinha de garrafa, com água, para que o mosquito se reproduza. Uma vez adulto, o mosquito (a fêmea),  procura sangue para reproduzir e, ao picar uma pessoa que por aqui passe, infectada, certamente vai picar outra pessoa, sadia, e transmitir estas doenças.
Além da BR-277, as atenções se voltam principalmente para a periferia, mas é nos bairros centrais da cidade que o problema pode ser mais sério. Nas caixas d´água descobertas, nas lajes desprotegidas, nos cemitérios, no lixo, em cada um desses lugares, o mosquito pode encontrar o ambiente propício para se desenvolver. De nada adiantará o esforço das autoridades públicas, se cada cidadão não fizer a sua parte. Mesmo se você fizer a sua parte e o seu vizinho não fizer o mesmo, o mosquito poderá se reproduzir aí, ao lado da sua residência. Não custa conversar sobre o tema, com a família, com os seus vizinhos, realizar ou participar de mutirão de limpeza, na rua, no bairro, na região, porque o assunto é sério, o mosquito mata ou causa problemas que podem afetar toda a família, por toda uma geração.
A Reportagem da Folha de Campo Largo acompanhou, na manhã desta quinta-feira, o trabalho de equipes da Prefeitura Municipal, na região do Ferraria. É impossível que todas as casas sejam visitadas. Seriam necessárias dezenas, talvez centenas de equipes, para cobrir em tempo hábil, cada um dos cerca de 40 mil imóveis do Município. Os custos seriam extraordinariamente altos. Resta, entretanto, a educação, a conscientização da população, como principal arma contra esta ameaça.
O mosquito pode ser reduzido a zero se o trabalho for repetido exaustivamente, a cada dia, a cada semana, por cada um de nós. É uma questão de vida ou morte, uma guerra na qual estão mais expostas, principalmente, as crianças, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas, como diabéticos, cardiopatas ou doentes renais crônicos.